247 - O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) usou suas redes sociais neste domingo (29) para criticar uma recente reportagem do jornal Folha de São Paulo, a qual classificou como fake news. Ele afirma que a publicação objetiva pressionar pela privatização das estatais e interromper os ciclos de investimentos positivos promovidos pelo governo do presidente Lula.

"É mais uma ação da Folha contra o governo Lula. Eles não se cansam de mentir e manipular dados para atacar a gestão petista. A matéria que afirma que o 'dèficit de estatais atinge recorde de 15 anos' é um absurdo, uma fake news, que visa pressionar pela privatização e pelo fim dos investimentos das empresas", escreveu o parlamentar na plataforma X.

Na última sexta-feira (27), a Folha divulgou um suposto "rombo" nas estatais durante o governo Lula, mas a análise ignora a inclusion de empresas fundamentais como a Petrobras e os bancos públicos, que têm demonstrado resultados financeiros positivos.

A matéria do jornal utilizou dados do Banco Central, que é dirigido por Roberto Campos Neto, mas trouxe uma interpretação questionável ao sugerir que a Petrobras é "muito grande" para ser considerada nos cálculos.

Em resposta a uma fake news semelhante em outubro, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos destacou em nota que parte do déficit das estatais federais se refere a investimentos realizados, e não apenas a prejuízos operacionais.

Além disso, reportagens recentes costumam "confundir" déficit com prejuízo, ignorando aspectos fundamentais da contabilidade empresarial. O déficit, quando analisado isoladamente, não reflete de maneira adequada a saúde financeira das companhias, visto que considera apenas a receita e a despesa primária do ano corrente, sem levar em conta os recursos acumulados de exercícios anteriores.

A polêmica em torno da gestão das estatais reflete uma tensão maior nas discussões sobre o futuro do setor público brasileiro e o papel das estatais na economia. Com as eleições se aproximando, essa temática pode se intensificar, despertando reações tanto a favor quanto contra a privatização, o que poderá desencadear debates acalorados nos próximos meses.