Saúde

'Caroço na Mama: O Que Pensava Ser Resquício da Amamentação Revelou Câncer aos 32 Anos!'

2024-10-08

Autor: Maria

Durante uma consulta com uma especialista, uma fotógrafa começou a se preocupar com um caroço encontrado em sua mama, achando que poderia ser apenas um resquício da amamentação. Embora a médica tenha afirmado que o nódulo não parecia grave, ela a encaminhou para um ultrassom das mamas. Entrando naquele exame com confiança, a fotógrafa saiu angustiada ao ser informada que faria uma biópsia devido ao formato suspeito do nódulo.

“Saí chorando e desesperada da sala do ultrassom. Fiquei paralisada. Eu não entendia nada sobre câncer de mama e julgava que apenas mulheres mais velhas ou com histórico familiar da doença poderia ter”, relatou a mulher.

No dia 21 de dezembro de 2021, realizou a biópsia e prometeu a si mesma que desfrutaria das festas de fim de ano sem se preocupar com os resultados. Mas, no dia 27 daquele mês, ao ler o exame e ver a palavra “carcinoma”, sua vida mudou completamente. Sabia que estava com câncer de mama.

Ela foi rapidamente encaminhada para uma série de exames que determinariam a gravidade da sua condição, e a confirmação veio: melanoma triplo negativo em estágio 1, um tipo de câncer mais agressivo. Para tratar a doença, a fotógrafa enfrentou 16 sessões de quimioterapia, período difícil marcado por enjoos e uma fadiga intensa. Em apenas 17 dias após o início do tratamento, ela perdeu todos os cabelos.

“Usei touca gelada, mas não foi eficaz. Tive sinusite e dores de cabeça, e foi meu marido quem raspou minha cabeça. Foi doloroso e afetou minha autoestima, mas aprendi a lidar com isso”, refletiu.

Após a quimioterapia, a fotógrafa passou por uma mastectomia bilateral com reconstrução imediata dos seios, um procedimento que durou em média seis horas e meia. O material removido foi enviado para análise, e a boa notícia: a biópsia revelou que ela estava em remissão.

Ainda assim, para minimizar os riscos da doença retornar, a paciente se submeteu a 25 sessões de radioterapia. Hoje, após dois anos em remissão, ela sente que venceu um grande desafio.

A mastologista Fabiana Makdissi, do A.C. Camargo Cancer Center, explica que o câncer de mama tem diferentes tipos, dependendo dos receptores que as células cancerígenas têm. “O triplo negativo não possui receptores para estrogênio, progesterona e HER2, tornando-se o mais agressivo por não ter um alvo terapêutico específico”. Esse tipo de câncer representa cerca de 15% dos casos globais e costuma afetar mulheres jovens, como a fotógrafa, mas pode acontecer em idades variadas.

Os fatores que levam a esse tipo de câncer são diversos, e o histórico familiar pesa, especialmente em casos de mutação genética, como no gene BRCA1. Com todas as dificuldades enfrentadas, essa mulher se tornou um exemplo de força e resiliência, inspirando outras pessoas que passam por situações semelhantes. Sobreviver ao câncer é possível, e a detecção precoce é fundamental!