Em uma ação impactante, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou um sofisticado cartel de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro durante a operação Chiusura realizada nesta quinta-feira (28/3). O grupo criminoso é acusado de movimentar impressionantes R$ 300 milhões em operações ilícitas, comprando drogas em áreas de fronteira e utilizando empresas de fachada para mascarar seus lucros.

A operação levou à prisão de 19 pessoas e à realização de 80 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e Alagoas, demonstrando a amplitude da rede criminosa.

As investigações da PCDF descobriram que a quadrilha tinha um funcionamento altamente coordenado, adquirindo entorpecentes e distribuindo-os em larga escala pelo DF e outros estados. Através de empresas como a Barbosa Transportes e Flávio Auto Peças, localizadas em Trindade, eles geravam uma fachada para ocultar seus lucros provenientes do tráfico. Curiosamente, um dos sócios dessas empresas, um jovem de apenas 21 anos, tinha uma ligação inesperada com a política, ocupando um cargo de assessor parlamentar na Câmara Municipal de Goiânia em 2023, mesmo sem experiência anterior na área.

O lado mais sinistro dessa operação envolve a conexão com um traficante internacional que está preso na Bolívia desde 2023. O grupo, conhecido informalmente como núcleo Sinaloa, em alusão ao famoso cartel mexicano, também contava com a colaboração de um suplente de vereador em Campo Grande/MS, que era parente de um membro do cartel.

Além das prisões, a operação resultou na apreensão de 17 veículos de luxo e 7 imóveis, incluindo uma opulenta mansão em um condomínio fechado de Goiás. As autoridades também congelaram múltiplas contas bancárias, sinalizando um golpe significativo ao fluxo financeiro da organização, incluindo uma fintech de São Paulo que movimentou cifras astronômicas em um curto espaço de tempo.

Os membros do cartel levavam um estilo de vida luxuoso, possuindo propriedades em locais como Maceió, Goiás e Santa Catarina. O líder da quadrilha no DF, que até recentemente morava em uma grande fazenda dedicada à pecuária de leite em Planaltina, fez a transição para uma vida de alto padrão em Florianópolis.

A operação Chiusura envolveu cerca de 450 agentes de segurança, com apoio de unidades especializadas de várias Polícias Civis de estados como Goiás e Santa Catarina, além da Polícia Penal do DF e da Polícia Rodoviária Federal. Se condenados, os envolvidos poderão enfrentar até 30 anos de prisão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Um alerta para aqueles que ainda acreditam que o crime compensa!