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Ciclone Subtropical Biguá: Primeiro de Dois Anos que Atinge o Rio Grande do Sul!

2024-12-15

Autor: João

Neste último sábado, a Marinha do Brasil confirmou a formação do ciclone subtropical Biguá, que se aproxima da costa do Litoral Sul do Rio Grande do Sul, conforme já havia sido alertado pela MetSul Meteorologia desde o início da semana. Biguá é o primeiro ciclone atípico a afetar a região desde maio de 2022, quando a tempestade subtropical Yakecán causou danos significativos, incluindo vítimas no Uruguai e no Brasil.

No domingo, as estações meteorológicas nas áreas de Pelotas e Rio Grande registraram uma pressão atmosférica de 995 hPa, um valor muito baixo. Rajadas de vento atingiram velocidades de até 80 km/h na barra do Porto de Rio Grande, levando ao fechamento temporário do porto para algumas atividades. Em Capão do Leão, as rajadas superaram os 70 km/h. Curiosamente, a região da reserva do Taim, onde não há medições meteorológicas, pode ter registrado ventos ainda mais intensos.

Com a evolução do fenômeno, Biguá deve manter seu status como tempestade subtropical até a manhã deste domingo, mas os meteorologistas preveem um enfraquecimento para depressão tropical até o final do dia, à medida que a pressão central comece a subir.

O nome Biguá, que em tupi se refere a uma ave marinha, foi escolhido pela Marinha do Brasil e é o segundo nome da nova lista de ciclones atípicos, tendo sido precedido por Akará, nome dado a uma tempestade formada em fevereiro deste ano. Os ciclones no Brasil, especialmente na costa do Sul, geralmente não possuem características subtropicais, o que torna Biguá um caso excepcional.

É importante destacar a diferença entre ciclones subtropicais e extratropicais. Enquanto os primeiros se formam em latitudes subtropicais, combinando características tropicais e extratropicais, os ciclones extratropicais são mais comuns em latitudes médias e são geralmente alimentados por frentes frias e quentes.

O último ciclone atípico no Rio Grande do Sul, Yakecán, trouxe severas consequências e até fatalidades, mas o ciclone Biguá deve causar menos estragos. Embora possa resultar em quedas de árvores e destelhamentos, a maior preocupação será com interrupções na rede elétrica, especialmente nas áreas mais vulneráveis do extremo Sul gaúcho.

As previsões indicam que as regiões metropolitanas, incluindo Porto Alegre, devem ficar a salvo dos impactos mais severos, com ventos previstos entre 50 e 70 km/h. Já no extremo Sul, os ventos devem ser mais intensos, com rajadas podendo alcançar entre 80 e 100 km/h. No entanto, como essa área é pouco habitada, os danos esperados devem ser limitados.

À medida que o domingo avança, é esperado que o ciclone se mova para o Norte-Nordeste, levando ventos mais fracos ao Centro do estado e a Porto Alegre. Porém, é um lembrete importante de como os fenômenos meteorológicos podem mudar rapidamente e exigem monitoramento constante. Fique atento às atualizações!