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Conflito em Gaza: Assembleia Geral da ONU Pede Cessar-Fogo Imediato; Bombardeios de Israel Já Deixaram 33 Mortos

2024-12-11

Autor: Mariana

A Assembleia Geral da ONU fez um apelo contundente nesta quarta-feira (11) por um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, obtendo uma impressionante maioria de 158 votos a favor, 9 contra e 13 abstenções. Essa resolução, embora simbólica, foi prontamente rejeitada por Israel e pelos Estados Unidos, conforme reportado pela Agência France-Presse (AFP).

Além da exigência pelo cessar-fogo, o documento também solicitou a "liberação imediata e incondicional de todos os reféns". Esta redação ecoa uma proposta anteriormente retirada do Conselho de Segurança devido a um veto americano no final de novembro.

Infelizmente, as tensões na região permanecem altas. Na madrugada e manhã de quarta-feira, 33 pessoas, incluindo várias crianças, perderam a vida em bombardeios israelenses no território palestino, segundo a Associated Press (AP). Um dos ataques atingiu uma casa que abrigava pessoas deslocadas, acentuando a tragédia humanitária em curso.

Os Estados Unidos, representados pelo embaixador adjunto Robert Wood, argumentam que um cessar-fogo deve ser condicionado à libertação de reféns, afirmando que, sem isso, o Hamas não teria motivo para cooperar. Wood classificou a adoção da resolução como "vergonhosa e errada".

O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, criticou severamente a resolução, afirmando que ela "supera toda lógica" e que o voto em questão "não é a favor da compaixão, mas sim da cumplicidade". A retórica expressada reflete o clima de polarização que domina o debate internacional sobre o conflito.

A Assembleia Geral, frequentemente um palco para resoluções não vinculativas sobre questões em que o Conselho de Segurança falha em agir, mais uma vez expôs a paralisia nas decisões sobre conflitos como o da Palestina e a guerra na Ucrânia.

Os representantes das nações se sentiram compelidos a se pronunciar antes da votação em apoio aos direitos dos palestinos. O representante da Eslovênia, Samuel Zbogar, enfatizou a devastação em Gaza, declarando que "Gaza já não existe. Está destruída". Críticas similares foram levantadas pelo embaixador adjunto da Argélia, Nacim Gaouaoui, que destacou o alto custo do silêncio e inação diante da tragédia vivida pela população palestina.

Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, explosões de violência resultaram em 1.208 mortes, a maioria delas civis, segundo números oficiais reportados pela AFP. O Hamas também sequestrou 251 pessoas durante os ataques, das quais 96 ainda estão em Gaza, incluindo 34 que os militares informam já terem sido assassinadas.

As operações de represália de Israel, intensificadas desde então, já causaram a morte de pelo menos 44.786 pessoas, a maior parte civis, conforme dados confiáveis da ONU. A situação humanitária em Gaza se agrava a cada dia, com poucos sinais de solução à vista, lançando um manto de desespero sobre a população.

Diante desse cenário dramático, a comunidade internacional observa ansiosamente, enquanto surtos de violência e um apelo por paz ressoam nas Nações Unidas.