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Congresso dos EUA Rejeita Proposta de Trump e Entra em Risco de Shutdown

2024-12-20

Autor: Gabriel

Em um cenário tenso que se desenrolou nos corredores do Congresso, os republicanos apresentaram uma nova proposta que visava evitar o temido 'shutdown'. No entanto, a votação resultou em uma clara rejeição de 174 a 235, mesmo com a pressão do ex-presidente Donald Trump e seu conselheiro informal, Elon Musk, que criticaram incessantemente um acordo bipartidário anterior, fruto de meses de negociações.

A proposta rejeitada foi elaborada rapidamente pelos líderes republicanos, mas mesmo com o apoio de Trump, 38 membros de seu partido votaram contra, somando-se à quase totalidade dos votos democratas. Este desenlace representa um grande desafio na governabilidade, especialmente com o prazo de financiamento do governo se esgotando à meia-noite de sexta-feira. A falta de um acordo pode levar a uma paralisação parcial do governo, o que afetaria áreas críticas, desde a fiscalização das fronteiras até os parques nacionais, e colocaria os contracheques de mais de 2 milhões de trabalhadores federais em risco.

Além dos impactos imediatos no serviço público, a Administração de Segurança de Transporte dos EUA já emitiu alertas de que viajantes podem enfrentar longas filas nos aeroportos durante o feriado, o que potencializa a frustração pública.

Curiosamente, a nova proposta assemelhava-se bastante à versão anterior, que Musk e Trump haviam classificado como uma "dádiva para os democratas". A ideia era estender o financiamento do governo até março, quando Trump já estaria na Casa Branca, com os republicanos assumindo o controle das duas casas do Congresso.

Os republicanos cortaram do pacote original diversos itens controversos, como aumentos salariais para legisladores e novas regulamentações para gestores de benefícios farmacêuticos. No entanto, a nova proposta ainda incluía, a pedido de Trump, a suspensão dos limites da dívida federal por dois anos — uma estratégia que tornaria mais viáveis os grandes cortes de impostos prometidos e deixaria a porta aberta para que a já exorbitante dívida de US$ 36 trilhões continuasse a crescer.

A situação indica que o futuro financeiro do governo dos EUA está em uma encruzilhada, colocando em jogo não apenas a manutenção das operações federais, mas também a confiança da população nas instituições políticas. O que vem a seguir? O clima de incerteza impera, e todos os olhos estão voltados para o que os líderes do Congresso decidirão nos próximos dias.