Saúde

Coração Também Tem Apêndice e Ele Pode Causar um AVC!

2025-03-18

Autor: Fernanda

Você sabia que o coração, além de ser o órgão central da vida, também pode apresentar um apêndice que aumenta o risco de AVC? De acordo com o Dr. José Marcos Moreira, um pequeno grupo de pacientes, cerca de 5%, não pode utilizar anticoagulantes. Para esses casos, o procedimento híbrido que envolve a ablação e a vedação do apêndice está sendo cada vez mais indicado. Em hospitais privados, essa técnica já é comum há quase um ano, mas recentemente teve seu primeiro sucesso em um hospital público no Brasil.

Ao investigar mais sobre esse avanço na medicina, tomei conhecimento que a fibrilação atrial, responsável por fazer o músculo cardíaco twitch em vez de contrair, pode ter causas que vão além do próprio coração. Em situações de fibrilação atrial, o eletrocardiograma pode indicar que o coração está em funcionamento, quando na verdade ele está praticamente paralisado. Isso ocorre devido a uma desordem na sincronização das fibras musculares do coração.

Mas o verdadeiro vilão nesta história é o apêndice auricular, que pode apresentar formatos variados - desde uma forma de minhoca até uma aparência semelhante a uma couve-flor. Esses apêndices, quando a arritmia está presente, tornam-se locais propensos ao acúmulo de sangue, que pode coagular e, posteriormente, formar coágulos que podem viajar para o cérebro, causando um AVC.

O espaço do coração é dividido em quatro câmaras, onde o átrio esquerdo é o principal foco das complicações. O Dr. Moreira explica que a falta de contração adequada nessa câmara pode levar até 30% de débito cardíaco a ser perdido, resultando em uma circulação sanguínea deficiente.

Além disso, o alerta vem para o apêndice, que é um lugar onde o sangue pode ficar estacionado. Normalmente, o movimento sanguíneo é constante, mas quando há fibrilação, esse estado de não movimentação se torna uma armadilha para a formação de coágulos perigosos.

Os médicos consideram diversos fatores, como diabetes e outras comorbidades, ao avaliar o risco de AVC em pacientes com fibrilação atrial. Assim, eles prescrevem medicamentos que devem ajudar a controlar a arritmia e, se necessário, anticoagulantes, desde que o paciente os possa tomar. "É uma situação complicada: se não tomarem os anticoagulantes, eles ficam em risco constante", pondera o Dr. Moreira.

Caso os medicamentos não sejam eficazes ou o paciente opte por uma abordagem mais definitiva, a ablação é realizada. Durante este procedimento inovador, um cateter é introduzido pela veia femoral e utilizado para cauterizar as veias pulmonares que são responsáveis pela maioria das fibrilações atriais. Este processo pode deixar o átrio esquerdo um tanto paralisado, uma condição muitas vezes invisível a um eletrocardiograma padrão, mas que se torna visível em um ecocardiograma.

Um fato importante revelado pelo Dr. Moreira é que 99% dos coágulos que surgem após a ablação provêm do apêndice, enquanto o átrio ainda está em um estado de imobilidade. Para intervir neste problema, a técnica utiliza um segundo cateter que carrega um dispositivo projetado para selar o apêndice, impedindo que o sangue estagnado dentro dele forme novos coágulos. Esse 'guarda-chuva' inovador, embora não esteja disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde), já está sendo adotado no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, com planos de ser utilizado em todos os pacientes que apresentarem fibrilação.

Agora você sabe como um simples apêndice pode se tornar um grande inimigo da saúde do seu coração! Fique atento aos sinais e cuide da sua saúde cardíaca, pois a prevenção é sempre o melhor caminho para evitar surtos inesperados e graves como o AVC.