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Coreia do Norte Alfineta Coreia do Sul Após Decretação de Lei Marcial: 'Ditadura Fascista'; VÍDEO

2024-12-12

Autor: João

A TV estatal da Coreia do Norte divulgou um boletim de notícias sobre a recente lei marcial decretada na Coreia do Sul, mas fez isso com impressionantes 8 dias de atraso, na última terça-feira (11). Durante a transmissão, a emissora norte-coreana não hesitou em qualificá-la como um "caos" e referiu-se ao país vizinho como uma "ditadura fascista". Assista ao vídeo acima.

A lei marcial foi anunciada pelo presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol no dia 3 de dezembro, em um contexto de crescente tensão política e alegações de uma crise governamental. Yoon alegou que a medida era necessária para 'limpar' o país de aliados da Coreia do Norte e proteger a segurança nacional. Em sua declaração, ele tomou um tom combativo, criticando a oposição e caracterizando a lei como uma defesa da 'livre República da Coreia contra as forças comunistas norte-coreanas'.

Contudo, a reação a essa medida foi instantânea e intensa. O anúncio de Yoon não apenas gerou protestos em massa por parte de cidadãos sul-coreanos, mas também resultou em críticas severas dentro da sua própria coalizão política. Muitos consideraram o decreto um pretexto para silenciar a oposição, já que na Assembleia Nacional, a maioria dos deputados está alinhada com partidos opositores ao governo, que arguiram que o presidente estava tentando controlar suas atividades.

Surpreendentemente, a lei marcial foi revogada em menos de seis horas após uma sessão de emergência na Assembleia Nacional, onde deputados se mobilizaram para declarar a medida inválida. A rápida revogação foi um indicativo do descontentamento generalizado e da pressão que Yoon enfrentou. As tensões não se limitaram à política, uma vez que a população sul-coreana se manifestou em massa contra o que consideravam uma afronta às liberdades civis.

Além disso, a situação ficou ainda mais insustentável quando investigações começaram a surgir. O gabinete do presidente foi alvo de uma operação policial e Yoon se tornou alvo de uma investigação criminal por insurreição. O ex-ministro da Defesa, que supostamente ajudou na elaboração do decreto, foi preso.

Esses eventos marcam um momento crítico na política sul-coreana, com preocupações sobre a governança e a estabilidade do governo de Yoon Suk Yeol. A crescente hostilidade entre os governos das duas Coreias continua a ser um fator complicado nessa equação política, enquanto a Coreia do Norte aproveita a situação para criticar seu vizinho do sul. Fique atento, pois essa história ainda está em desenvolvimento!