As ações da Ambipar tiveram um desempenho extraordinário em 2024, chegando a multiplicar seu valor por mais de 11 vezes, o que chamou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em resposta a essa dezena de explosões no preço das ações, a CVM ordenou que a Trustee DTVM, gestora de fundos de investimento, realize uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para comprar as ações dos acionistas minoritários da empresa.

A CVM acredita que a Trustee, sob a liderança do controlador da Ambipar, Tércio Borlenghi Junior, colaborou para a compra de ações da empresa entre julho e agosto, resultando em uma participação que excedeu um terço das ações em circulação. Isso implica na necessidade de realização da OPA, conforme a resolução de número 85 da CVM.

Uma informação interessante do relatório do Itaú BBA sobre a Ambipar é que a companhia levantou R$ 717 milhões com a venda de veículos, superando suas metas de alavancagem e mostrando sua força no mercado. Desde julho, a Trustee, que possui Nelson Tanure como cotista, começou a acumular ações da Ambipar, aumentando sua participação de 6,6% para quase 12% e, atualmente, mantendo 9%.

Esse movimento coincidiu com a aquisição de ações por Borlenghi Junior e um programa de recompra de ações equivalente a impressionantes 37% do free float. O controlador da Ambipar também aumentou sua participação na empresa para 73%, mas atualmente detém 70% do capital.

Por outro lado, o Bank of America, XP e Itaú BBA revisaram a ação devido às flutuações atípicas nos preços. O Bradesco BBI ainda rebaixou a recomendação de compra para neutro, citando preocupações sobre a concentração do capital e o baixo volume médio diário de negociações, que representam riscos potenciais caso os acionistas decidam vender suas participações.

Desde que suas ações atingiram a mínima de R$ 8,05 em junho, a Ambipar viu seu valor subir alarmantes 1.440%, alcançando hoje R$ 124 por ação. Essa meteórica valorização trouxe à tona um short squeeze no mercado, forçando muitos investidores a fecharem as suas posições vendidas devido à rápida alta dos preços.

A Ambipar expressou surpresa em relação ao comunicado da CVM, sustentando que tanto a companhia quanto seu controlador operam dentro das normas legais vigentes. A empresa reiterou seu compromisso em buscar informações pertinentes para atuar em conformidade com os requisitos do regulador.

Fique de olho nas próximas movimentações do mercado, pois o cenário segue dinâmico e cheio de oportunidades!