
Justiça Revoga Liminar e Assassino de Tesoureiro do PT Cumpre Pena de 20 Anos em Presídio no Paraná
2025-03-14
Autor: Maria
A Justiça do Paraná decidiu revogar a prisão domiciliar de Jorge Guaranho, o homem responsável pela morte do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda. Guaranho agora cumprirá sua pena de 20 anos em regime fechado.
A decisão foi tomada após uma avaliação médica realizada em 27 de fevereiro, a pedido do desembargador responsável pelo caso. Em um julgamento ocorrido em 13 de fevereiro, Guaranho recebeu a pena após ser considerado culpado pelo homicídio do tesoureiro, que foi assassinado durante sua festa de 50 anos, em um evento que homenageava o ex-presidente Lula e o partido.
Na ocasião do crime, Jorge Guaranho invadiu a festa e, após uma discussão, abriu fogo contra Arruda, que também disparou em resposta, resultando em ferimentos em Guaranho. Após a reavaliação médica, o Complexo Médico Penal de Pinhais confirmou que estava apto a fornecer a assistência necessária para o cumprimento da pena de Guaranho.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) fez questão de ressaltar que, despite Guaranho já ter antecedências de tratamento inadequado durante seu tempo detido, agora ele se encontra no CPM, onde deve cumprir seu tempo de pena adequadamente.
A defesa de Guaranho expressou perplexidade com a decisão da Justiça, alegando que os cuidados que ele precisa não foram adequados em suas estadias anteriores e que ele ainda sofre com sequelas físicas e neurológicas resultantes da briga. O advogado enfatizou que a defesa segue confiante de que a decisão será revista pelo Tribunal de Justiça, que já havia anteriormente concedido a prisão domiciliar devido às suas condições de saúde.
Vale lembrar que o crime ocorreu em julho de 2022, e Guaranho foi condenado com base em duas qualificadoras: motivo fútil e perigo comum. O caso, amplamente noticiado, serviu para acirrar os ânimos políticos em um período já tenso no país, com a polarização entre apoiadores do PT e simpatizantes de Bolsonaro ganhando novos ares após o incidente.
O júri popular que decidiu sobre a condenação de Guaranho durou três dias e foi repleto de emoções. O réu teve a chance de apresentar sua versão dos fatos pela primeira vez publicamente, alegando dificuldades no tratamento enquanto esteve encarcerado.
Este caso ressalta não apenas a gravidade da violência política, mas também os desafios do sistema penal brasileiro em oferecer suporte adequado a condenados que necessitam de cuidados médicos específicos. A sociedade continua acompanhando os desdobramentos deste caso marcante na história política do Brasil.