Um erro de comunicação na Bolsa de Hong Kong levou a Pictet Asset Management, uma das mais renomadas gestoras de ativos da Suíça, a figurar em um investimento incorreto no valor de HK$ 121,2 bilhões (aproximadamente US$ 15,6 bilhões ou R$ 87 bilhões) no China Construction Bank (CCB).

Na tarde da última segunda-feira (7), um comunicado gerou alvoroço ao informar que a gestora detinha 20 bilhões de ações da CCB, adquiridas a um preço médio de HK$ 6,06. Contudo, a porta-voz da Pictet imediatamente se manifestou para corrigir a informação, afirmando que a empresa não possui tal posição, e que a Bolsa de Valores de Hong Kong foi notificada sobre a errata.

Na terça-feira (8), um novo documento surgiu, corrigindo a informação e revelando que a Pictet realmente possuía apenas 33,6 milhões de ações da CCB, o que representa uma modesta participação de 0,01%. Essa correção foi necessária porque os números divulgados anteriormente estavam totalmente errados e os valores reais estavam significativamente abaixo do limite inicialmente indicado.

O episódio não é isolado e ocorre em um momento em que as ações chinesas estão em alta desde o final de setembro, impulsionadas por um pacote de estímulos econômicos que renovou a confiança dos investidores. Goldman Sachs, por exemplo, reclassificou as ações da China para "overweight", mostrando um otimismo renovado sobre o mercado.

Como resultado dessa confusão, gains e perdas podem impactar várias instituições financeiras e gerenciar crises de reputação é algo que todos devem observar. Enquanto isso, o mercado continua a reagir às políticas econômicas em constante mudança na China, e investidores de todo o mundo estão em alerta.

A Hong Kong Exchanges & Clearing, responsável pela supervisão do mercado, preferiu não comentar sobre o incidente específico, mas é um claro lembrete dos riscos associados às comunicações financeiras em mercados fluidos.