Descoberta incrível: Lua pode ser mais antiga do que se acreditava!
2024-12-18
Autor: Fernanda
Recentes estudos de astrônomos revelam que a Lua pode ser significativamente mais antiga do que as estimativas anteriores sugeriam. A pesquisa, que utiliza a mecânica celeste, mostra que nosso satélite natural pode ter se formado logo após a criação do Sistema Solar, desafiando teorias anteriores que indicavam um nascimento posterior.
Até agora, a maioria dos cientistas concordava que a Lua foi criada após um impacto colossal entre a jovem Terra e um protoplaneta, um evento catastrófico que lançou gigantescas quantidades de material ao espaço, eventualmente se aglomerando para formar a Lua. Contudo, a idade exata do nosso satélite vem sendo questionada.
Tradicionalmente, a idade da Lua é baseada nas análises de rochas lunares que datam cerca de 4,35 bilhões de anos, um período que muitos acreditavam representar a época em que a crosta lunar se solidificou. No entanto, o professor Alessandro Morbidelli, do Collège de France e coautor do estudo publicado na renomada revista Nature, argumenta que essa formação pode ter ocorrido muito mais cedo: "A Lua teria se formado cerca de 55 milhões de anos após o início do Sistema Solar e não 200 milhões", esclarece.
Uma reviravolta intrigante nesta pesquisa é a sugestão de que a Lua pode ter passado por uma segunda fusão, impulsionada pela força gravitacional da Terra. Morbidelli explica que essa fusão poderia ter derretido parcialmente o interior da Lua, efetivamente "reiniciando" os relógios radioativos das rochas, o que explica a homogeneidade nas idades das rochas lunares quando medidas por métodos de datação atômica.
Além disso, a pesquisa destaca uma fase caótica na trajetória da Lua, onde esta se afastou gradualmente da Terra, reformulando sua órbita e criando condições para forças de maré extremamente intensas. Essas forças, que ainda hoje são observadas em luas de Júpiter como Io, causaram erupções vulcânicas que remodelaram a superfície lunar.
Os impactos desta descoberta são profundos, pois podem explicar a discrepância observada na quantidade de bacias de impacto de meteoritos na superfície lunar. O magma da fusão poderia ter preenchido essas bacias ao longo de bilhões de anos, alterando nossa compreensão sobre a história e a evolução da Lua.
Esses novos achados não apenas desafiam teorias antigas, mas também nos proporcionam uma visão mais profunda sobre a formação do nosso Sistema Solar e a história de nosso satélite. O que mais poderemos descobrir sobre a Lua nos próximos anos? Fique ligado!