Descubra como os hábitos se formam e como você pode mudá-los!
2025-01-07
Autor: Matheus
Você já parou para pensar em como os hábitos se instauram em nossas vidas? Neste artigo, vamos explorar juntos os mecanismos por trás das repetições das nossas ações, essenciais para entendermos por que é tão difícil mudar comportamentos indesejados.
Imagine a cena: é meia-noite e o dia agitado chegou ao fim. Mesmo cansado, você decide dar mais uma olhada nas redes sociais, acreditando que só mais meia hora não fará mal. Porém, esse pequeno deslize acaba se tornando horas a mais de rolagem de tela, perdendo um sono precioso. Esse é um exemplo muito comum de um hábito que pode afetar diretamente a nossa saúde e bem-estar.
Antes de prosseguirmos, pense em um hábito que você gostaria de mudar. O que estaria disposto a fazer diferente em sua rotina? Anote suas ideias e reflita sobre elas ao longo da leitura.
Os hábitos podem ser definidos como inclinações ou disposições que temos para agir de maneira repetitiva e quase automática. Isso significa que, muitas vezes, sabemos que algo não é bom para nós, mas a força do hábito pode ser maior que nossa vontade de mudar.
Características dos hábitos
Aqui estão algumas características dos hábitos:
1. **A diferença entre intenção e ação**: Muitas pessoas desejam mudanças, mas a vontade frequentemente não supera a força do hábito já estabelecido.
2. **Desconexão com a informação**: Por si só, saber que algo é prejudicial não é suficiente para mudar o comportamento. Por exemplo, todos sabemos que o excesso de açúcar faz mal, mas isso nem sempre nos impede de consumi-lo.
3. **Automatismo dos hábitos**: Uma vez que um hábito é adquirido, ele geralmente se torna inconsciente, e agimos sem pensar.
Como os hábitos se formam?
Agora, como exatamente os hábitos se formam? A psicologia comportamental explica isso através de um ciclo: um gatilho leva a uma ação, que gera uma recompensa.
- **Gatilho**: Situações, eventos ou estímulos que provocam emoções e pensamentos.
- **Ação**: O hábito em si.
- **Recompensa**: O retorno ou benefício da ação, que reforça o hábito.
Vamos ilustrar isso com um exemplo prático: Fernanda, que trabalha em um escritório, sente sono após uma noite mal dormida. Quando isso acontece, ela corre para o café, desencadeando a ação de tomar mais café para se sentir mais desperta. A cafeína, neste caso, é a recompensa que mantém o comportamento.
Um erro comum é achar que para mudar um mau hábito, precisamos apenas modificar a ação. Na verdade, o verdadeiro desafio está em identificar e mudar os gatilhos e as recompensas que sustentam esses hábitos.
Dessa forma, mudar deve ser um esforço consciente para alterar esses elementos que controlam nosso comportamento. Fernanda, por exemplo, poderia substituir a pausa para o café por uma caminhada rápida ou uma conversa com um colega, buscando novas recompensas que não envolvam a cafeína.
Desafios na mudança de hábitos
A grande questão que fica é: como lutar contra hábitos que proporcionam prazer instantâneo? Por que é tão desafiante focar nos gatilhos e recompensas para mudar nossas ações? Esse será o próximo tema para explorarmos juntos.
Se você está interessado em aprofundar seus conhecimentos sobre hábitos, recomendo fortemente o livro "O Poder do Hábito", de Charles Duhigg, e o aplicativo "Unwinding Anxiety", que oferece um programa comprovado para combater a ansiedade, com lições e exercícios de mindfulness.