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Do ápice continental à frustração: O Fluminense de 2024 em um jogo de sete erros

2024-09-27

Autor: Carolina

O Fluminense, que brilhou em 2023 com a conquista do Campeonato Carioca e da CONMEBOL Libertadores, vive um 2024 repleto de frustrações. A tão esperada Recopa Sul-Americana não foi suficiente para aliviar a pressão sobre o clube, que se vê eliminado na semifinal do Carioca, nas oitavas da Copa do Brasil e nas quartas da Libertadores. Atualmente, o Tricolor ocupa a 18ª posição no Campeonato Brasileiro e sua principal meta é evitar o rebaixamento para a Série B.

Neste cenário, é possível traçar um jogo de sete erros que conduziu o Fluminense a essa situação precária. Desde a dificuldade em deixar para trás o sucesso do ano anterior, a necessidade de mudança de técnico até o alarmante número de lesões que assolaram o elenco.

Pré-temporada e preparação física

A participação do Fluminense no Mundial de Clubes em dezembro de 2023 atrasou o retorno do elenco à pré-temporada. Com apenas 30 dias de férias, o time voltou a treinar em janeiro, sem tempo suficiente para uma preparação adequada. Essa falta de ritmo foi evidente nas primeiras competições, especialmente no Campeonato Carioca e na Recopa, onde, apesar de vencer a LDU, o time se mostrou inconstante.

Contratações que não deram certo

Na janela de transferências, o Fluminense apostou alto, contratando oito novos jogadores, incluindo nomes como Renato Augusto e Douglas Costa. Contudo, a realidade foi decepcionante, com grandes expectativas que não se concretizaram. Muitos dos reforços raramente foram utilizados e a expectativa de renovação não se materializou.

O impacto das lesões

O número de lesões no elenco do Fluminense foi alarmante em 2024. Reportagens indicam que o clube lidera a lista de baixas na Série A, com 51 lesões até o momento, enquanto outros times não tenham chegado nem perto dos 40. Isso afetou drasticamente a performance do time em campo e prejudicou o entrosamento necessário.

A falta de um goleador

Another critical issue foi a ausência de um centroavante efetivo. Germán Cano, que foi o artilheiro em anos anteriores, enfrentou diversas lesões e teve apenas cinco gols em 31 jogos. A expectativa em torno de John Kennedy, que fez o gol do título da Libertadores, não se concretizou, e o jogador enfrentou problemas extracampo que afetaram seu desempenho.

Dependência de Arias

O colombiano Arias tornou-se a principal referência ofensiva, mas essa dependência acaba se tornando um peso excessivo para o jogador. Com 10 gols marcados até agora, ele foi fundamental para várias vitórias, mas a sua eventual saída para o futebol europeu deveria ser uma preocupação para a diretoria, que recusou as ofertas, gerando tensão na relação entre jogador e clube.

Mudanças no comando técnico

Após uma série de resultados ruins, o técnico Fernando Diniz foi demitido em junho, um mês após ter renovado contrato, deixando a equipe sob a liderança interina de Marcão e, posteriormente, Mano Menezes. Apesar de algumas vitórias, as eliminações nas copas e a permanência na zona de rebaixamento continuam a assombrar o Fluminense.

Conclusão: planejamento estratégico necessário

A administração do Fluminense errou ao não ajustar seu planejamento após o sucesso de 2023, acreditando que o time poderia automaticamente repetir os feitos passados. Se a diretoria não agir rapidamente para reverter essa situação e fazer as escolhas certas, o cenário debaixo da expectativa de uma temporada promissora pode levar a um verdadeiro desastre em 2024.