Na última sexta-feira (22), um tragédia abalou a comunidade de mergulho da Bahia com a morte do mergulhador profissional Robson Augusto da Silva Costa, de 36 anos, que foi vítima da doença da descompressão. Robson realizava um mergulho em Porto Seguro, chegando a 40 metros de profundidade, quando sofreu a fatalidade.

A doença da descompressão, ou 'mal dos mergulhadores', é um distúrbio que ocorre quando o nitrogênio dissolvido no sangue e tecidos do corpo forma bolhas quando a pressão externa diminui rapidamente, como ao emergir de um mergulho profundo. Esse fenômeno pode causar dor intensa, lesões graves e, em casos extremos, levar à morte, como aconteceu com Robson.

De acordo com o Manual MSD, o nitrogênio pode levar até 12 horas para se dissipar dos tecidos após cada mergulho, tornando o risco de descompressão maior para aqueles que realizam múltiplas imersões em um mesmo dia. Os seguintes fatores também elevam o risco: - Doenças cardíacas, como forame oval patente. - Mergulhos em água fria. - Exercícios físicos após os mergulhos. - Desidratação. - Viagens aéreas logo após mergulhar. - Aumento da profundidade do mergulho. - Obesidade. - Idade avançada. - Subidas rápidas à superfície. - Não seguir procedimentos adequados de descompressão.

Embora a incidência da doença da descompressão seja relativamente baixa, entre 2 a 4 casos a cada 10 mil mergulhadores recreacionais, o risco é significativamente maior entre mergulhadores profissionais, que frequentemente estão em águas mais profundas e por períodos mais longos. Com a ocorrência trágica da morte de Robson, surge uma oportunidade de reforçar a importância de práticas adequadas e conscientização sobre os perigos da descompressão.

Mergulhadores de todas as experiências são aconselhados a passar por treinamentos adequados e a respeitar os limites de profundidade e tempo de mergulho estabelecidos. A segurança no mergulho deve sempre ser a prioridade para evitar tragédias como a que ocorreu na Bahia.