O dólar teve uma queda significativa nesta terça-feira, atingindo o valor de R$ 5,6830, que representa a menor cotação desde o dia 21 de março. A desvalorização de 0,42% acompanhou o recuo da moeda americana em relação a outras divisas no mercado internacional, em um dia marcado pela expectativa em torno das tarifas de importação que o governo dos Estados Unidos deve anunciar, conforme prometido pelo ex-presidente Donald Trump.

No acumulado do ano, a moeda americana já apresenta uma queda de 8,03% em relação ao real, impressiva considerando a instabilidade econômica global. Às 17h05, na B3, o contrato de dólar para abril registrava uma ligeira baixa de 0,35%, sendo negociado a R$ 5,7140.

Os preços de compra e venda do dólar comercial ficaram assim: compra em R$ 5,683 e venda em R$ 5,683. Já o dólar turismo, que é frequentemente utilizado em viagens internacionais, apresentou a seguinte cotação: compra em R$ 5,741 e venda em R$ 5,921.

A movimentação do dólar começou em alta, mas rapidamente mudou de direção ao longo do dia, devido à divulgação de dados econômicos importantes nos EUA, como a Pesquisa de Vagas de Emprego e o índice de manufatura do ISM. Os dados apontaram uma queda nas vagas de emprego disponíveis, que caíram 194.000, totalizando 7,568 milhões em fevereiro, refletindo a crescente incerteza econômica causada pelas tarifas sobre importações.

Os mercados globais estão em um estado de expectativa desde a semana passada, aguardando o dia 2 de abril. Nesta data, Trump promete revelar uma série de tarifas recíprocas, em resposta às barreiras comerciais impostas por outros países sobre produtos americanos. Até agora, os detalhes sobre essas medidas têm sido escassos, alimentando um clima de incerteza e maior aversão ao risco entre os investidores.

Trump mencionou em uma entrevista que as novas tarifas afetarão todos os países, eliminando a expectativa de que as medidas seriam direcionadas a alguns parceiros comerciais específicos. Essa insegurança pode continuar a impactar o mercado em um futuro próximo, enquanto os investidores monitoram de perto qualquer novidade sobre a economia americana e os desdobramentos das relações comerciais globais.