Dólar dispara na última sessão do ano: o que você precisa saber!
2024-12-30
Autor: Maria
O dólar inicia a última sessão do ano em alta, após oscilações durante a manhã desta segunda-feira. Depois de uma semana com ganhos, a moeda mostra força enquanto os investidores consolidam suas apostas antes da determinação da taxa Ptax de fim de mês, que pode trazer volatilidade durante o dia.
Este cenário está associado à expectativa de que os rendimentos dos Treasuries dos EUA permaneçam altos em meio a uma política econômica considerada inflacionária e voltada para o crescimento sob o novo governo do presidente eleito Donald Trump.
Às 9h49, o dólar à vista estava em alta de 0,32%, cotado a R$ 6,213 na venda. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em curto prazo subiu 0,11%, alcançando R$ 6,204. Na última sexta-feira, a moeda fechou em alta de 0,24%, negociada a R$ 6,1926.
Além disso, o Banco Central deve realizar um leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento previsto para 3 de fevereiro de 2025.
As expectativas para o futuro não são animadoras. O último relatório Focus do Banco Central, divulgado hoje, mostra que o mercado elevou suas projeções para a inflação ao final de 2025. Agora, a expectativa para o IPCA é de 4,96% ao ano, superando o teto da meta, que é de 4,5%.
Recentes dados mostram que o setor público brasileiro registrou um déficit primário de R$ 6,620 bilhões em novembro, um resultado melhor do que o esperado pelo mercado. Contudo, o cenário não é favorável, pois a dívida pública continua a ser um ponto de preocupação para os investidores, que veem uma desvalorização crescente do real no cenário internacional. O dólar acumula uma alta impressionante de 27,5% em relação ao real ao longo deste ano.
Com o aumento das expectativas inflacionárias e a incerteza fiscal no Brasil, o dólar superou, em novembro, a marca histórica de R$ 6,00 e alcançou a cotação máxima de R$ 6,2679. O governo brasileiro tenta conter essa desvalorização com intervenções do Banco Central, que vendeu mais de US$ 30 bilhões nas últimas semanas, mas os efeitos têm sido limitados.
Internacionalmente, fatores externos também pressionaram o câmbio, como a expectativa inicial de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve dos EUA, que se mostraram mais moderados do que o previsto. As tensões geopolíticas decorrentes da guerra na Ucrânia e conflitos no Oriente Médio, como os embates entre Israel e o Hamas, também contribuíram para a disparada do dólar.
Neste cenário complexo, os investidores devem ficar atentos às movimentações no mercado e às decisões que poderão impactar a economia nos primeiros meses de 2024. Portanto, o que acontecerá com o dólar nas próximas semanas poderá definir o rumo financeiro no país de forma impactante.