Drama nas Minas: 82 Sobreviventes e 36 Corpos Resgatados em Mina Ilegal na África do Sul
2025-01-14
Autor: Maria
Uma operação de resgate dramática está em andamento na África do Sul, após o salvamento de 82 sobreviventes e a recuperação de 36 corpos de homens que estavam aprisionados em uma mina ilegal próxima a Stilfontein. A polícia local anunciou, na terça-feira (14), que os destroços dessa operação começaram na segunda-feira (13).
Imagens chocantes, filmadas por um dos mineiros, mostraram a terrível situação em que eles viviam, cercados por corpos em decomposição, o que chamou a atenção do mundo e levantou questões sobre as condições de trabalho e a vida dos mineiros em situações extremas.
Não está claro quantas pessoas ainda permanecem na mina, que se estende por quase dois quilômetros de profundidade. A polícia acredita que ainda pode haver várias centenas de homens, que enfrentarão acusações não apenas de mineração ilegal, mas também de imigração irregular.
Os mineiros, em meio ao desespero, pediram ajuda, revelando a grave situação vivida no subterrâneo. Organizações dedicadas à defesa dos direitos dos mineiros relataram que mais de 100 mortes foram registradas no local. Cartas que foram enviadas à superfície na semana passada indicam que a quantidade de alimentos enviados é insuficiente para alimentar todos.
As autoridades iniciaram uma operação de cerco à mina em agosto do ano passado, interrompendo o fornecimento de alimentos e água como parte da estratégia para forçar os trabalhadores a emergirem. Esta foi uma tentativa de identificar e prender os mineradores envolvidos em atividades ilegais.
O governo sul-africano, liderado pelo ministro da Mineração, Gwede Mantashe, enfatizou que o combate à mineração ilegal é uma prioridade nacional e é tratado como "uma guerra contra a economia" do país. Mantashe estima que o comércio ilegal de metais preciosos tenha gerado perdas que ultrapassam 60 bilhões de rands (aproximadamente 3,17 bilhões de dólares) no último ano.
Embora o resgate tenha conseguido salvar vidas, o evento destaca uma tragédia humana em curso e levanta questões cruciais sobre as condições de trabalho nas minas ilegais e a falta de proteção para os trabalhadores mais vulneráveis de forma global.