Neste domingo (24), o Exército israelense emitiu ordens de desocupaçao para os moradores de um subúrbio a leste da Cidade de Gaza, provocando uma nova onda de deslocamentos em uma região já profundamente afetada pelo conflito. Médicos palestinos relataram que um diretor de hospital ficou ferido em um ataque de drone israelense, um triste reflexo da escalada de violência na área.

As ordens foram direcionadas ao subúrbio de Shejaia e publicadas pelo porta-voz do Exército israelense na rede social X na noite de sábado (23). A medida foi justificada pelo lançamento de foguetes por militantes palestinos a partir dessa zona densamente povoada no norte da Faixa de Gaza. "Para a segurança de vocês, evacuação imediata para o sul é necessária", dizia a mensagem do exército.

O Hamas, através de seu braço armado, reivindicou a responsabilidade pelo ataque de foguetes, alegando que o alvo eram bases militares israelenses localizadas na fronteira.

Imagens divulgadas nas redes sociais e pela mídia palestina mostraram famílias abandonando Shejaia em carroças de burro e riquixás, enquanto outras pessoas, incluindo crianças com mochilas, se deslocavam a pé. Moradores informaram que começaram a fugir de suas residências logo após o anoitecer de sábado, em mais uma onda de deslocamento forçado que já dura 13 meses desde o início do conflito.

As consequências dessa guerra são devastadoras: segundo autoridades de saúde locais, pelo menos 10 palestinos morreram em recentes ataques aéreos israelenses nos campos urbanos de Al-Maghazi e Al-Bureij desde a noite de sábado, aumentando o número de mortos na região.

A situação em Gaza permanece crítica, com milhares de pessoas vivendo em condições desumanas, enfrentando escassez de alimentos, água e assistência médica. Organizações humanitárias apelam urgentemente para que a comunidade internacional intervenha antes que seja tarde demais. O mundo está de olho nos acontecimentos, e as questões humanitárias se intensificam a cada dia.