A prefeitura de Ilhéus, localizada no sul da Bahia, proclamou nesta quarta-feira (8) um estado de emergência na saúde pública. A nova administração do prefeito Valderico Junior (União Brasil) revelou que a Secretaria Municipal de Saúde enfrenta uma crise severa, com um saldo alarmante de apenas R$ 4 mil em conta para manter serviços essenciais.

O decreto, publicado no Diário Oficial do Município, destaca a precariedade do sistema de saúde local. Atualmente, a cidade dispõe de apenas duas ambulâncias operando, enquanto as outras estão paradas devido ao estado de conservação. Além disso, os almoxarifados tanto da Secretaria quanto das unidades de saúde estão praticamente vazios, resultando em uma falta generalizada de medicamentos.

Outros fatores críticos incluem dívidas significativas com os servidores, cujos salários já estão atrasados, além da ausência de contratos para serviços imprescindíveis, como a lavagem e abastecimento de veículos da frota.

Em resposta a essa grave situação, o decreto autoriza ações emergenciais, como a cessão de veículos entre as diversas secretarias do município. Também é prevista a contratação de serviços emergenciais para suprir a demanda, aquisição de peças e manutenção da frota de ambulâncias, e uma investigação aprofundada das causas que levaram a essa crise, com a responsabilização dos envolvidos. Os resultados dessas apurações serão encaminhados aos órgãos de controle, incluindo Tribunais de Contas e Ministério Público.

A situação de emergência tem validade inicial de 90 dias, mas poderá ser prorrogada caso os problemas não sejam resolvidos. Este cenário alarmante levanta questionamentos sobre a gestão financeira e a capacidade de resposta da administração municipal com relação à saúde pública, um direito fundamental da população. Agora, todos aguardam medidas concretas e eficazes para sanar essa crise que afeta diretamente a vida dos cidadãos ilheenses.