O reencontro do Fluminense com Fernando Diniz na última partida do Campeonato Brasileiro proporcionou uma série de emoções entre jogadores e torcedores. Thiago Thierry expressou sua gratidão ao ex-treinador, enfatizando que ele foi fundamental na conquista da Libertadores. 'O cara é um paizão. Nos deu nossa maior conquista. Não tem como não ter um sentimento de gratidão por ele, apesar de tudo. Espero que um dia ele volte. Sempre vamos lembrar o que ele fez pelo Fluminense', disse Thiago.

Por outro lado, a análise das torcedoras Monique Baptista e Pedro Frasson trouxe à tona sentimentos ambivalentes. Monique, que começou sentindo muito a saída de Diniz, admitiu que agora sente raiva devido à situação do time, ressaltando que sua indignação é mais sobre o desempenho da equipe na atual temporada e não deixa de reconhecer a importância do técnico na Libertadores: 'Vou ficar em silêncio ao ouvir o nome de Diniz'. Já Pedro foi mais incisivo: 'Quem afundou a gente foi o Diniz. Vou ficar irritado se ouvir torcedor gritando o nome dele. Foi o futebol medíocre dele que nos afundou'.

A demissão de Diniz aconteceu após uma triste derrota para o Flamengo, quando o Tricolor ocupava a lanterna do campeonato. Naquele momento, o time tinha apenas seis pontos, com um desempenho preocupante de uma vitória, três empates e sete derrotas.

Porém, no reencontro no Maracanã, o clima foi de respeito e cordialidade. Vitória Gonzalez falou sobre a relação de amizade e gratidão que manteve com o técnico: 'Diniz fez parte da minha vida. Reencontrá-lo vai ser difícil, mas quero aplaudi-lo. O respeito é o principal.' Durante o jogo, os jogadores formaram uma fila para abraçar Diniz, com exceções dos novos reforços e Guga.

Ariás, que não pôde se despedir pessoalmente de Diniz quando ele deixou o clube, também compartilhou sua perspectiva: 'O abraço (mais longo) foi porque eu fui o único jogador que não conseguiu se despedir dele. É sempre bom ver pessoas queridas'.

Keno, que deixou o campo sentindo uma dor no joelho, mencionou como a experiência com Diniz foi positiva e como o treinador o ajudou a se desenvolver no futebol. 'Foi um cara que nos ajudou bastante. Espero que ele seja vencedor no Cruzeiro também', disse o atacante.

Esse reencontro, que poderia ser tenso, tornou-se um momento de reflexão sobre o que Diniz representou no Fluminense, ao mesmo tempo que levantou debates sobre o futuro da equipe. A rivalidade dentro de campo não apagou o carinho e o respeito que muitos ainda têm por um dos treinadores mais emblemáticos da história recente do clube.