
Epilepsia: Uma Luta Diária para 65 Milhões de Pessoas ao Redor do Mundo
2025-03-29
Autor: Pedro
Você sabia que a epilepsia afeta cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo? É uma condição neurológica que exige atenção e compreensão, mas que ainda enfrenta muitos mitos e preconceitos. Sabrina Leonarda Fideles Chaves, de 29 anos, compartilha sua história com a epilepsia. Diagnosticada com epilepsia de difícil controle aos 27 anos, Sabrina não sabia que as crises convulsivas que sofria eram resultado dessa condição. Após esperar dois meses por um diagnóstico preciso, ela se viu em um caminho repleto de desafios.
"Fui diagnosticada erroneamente com ansiedade e passei por emergências várias vezes sem um diagnóstico claro. O neurologista da rede particular finalmente confirmou o que eu temia: epilepsia", relata Sabrina. Ela ainda enfrenta dificuldades em integrar-se ao mercado de trabalho e em sua vida acadêmica devido à condição.
Mas não é só Sabrina quem luta contra a epilepsia. Erick Medeiros Cruz, um geógrafo de 27 anos, também teve sua batalha. Diagnosticado aos 25 anos, após conviver uma infância inteira sem assistência adequada, ele sente o peso da falta de conscientização sobre a doença. "Tive a primeira crise aos 7 anos, mas não recebeu a atenção adequada. Hoje, lido com crises de ausência".
Infelizmente, muitos ainda carecem de acesso a profissionais qualificados, recursos financeiros e apoio emocional. Taissa Ferrari Marinho, neurologista e secretária-geral da Liga Brasileira de Epilepsia, destaca a importância da educação e da conscientização: "Muitas pessoas ainda não sabem como agir ou ajudar alguém em crise. Precisamos de políticas públicas e incentivos a pesquisas".
A epilepsia pode ser altamente tratável, e muitos pacientes podem levar uma vida normal com tratamento. A Associação Brasileira de Epilepsia e a Liga Brasileira de Epilepsia têm trabalhado para criar o Protocolo CALMA, que orienta como ajudar pessoas durante crise convulsiva. Aqui estão algumas dicas:
1. Coloque a pessoa de lado, com a cabeça elevada, evitando que possa se sufocar com a saliva; 2. Apoie a cabeça com algo macio para protegê-la; 3. Afaste objetos que possam machucar a pessoa; 4. Monitore o tempo; se a crise durar mais de 5 minutos, ligue para o Samu (192); 5. Acompanhe a pessoa até que ela acorde e em caso de ferimentos, procure ajuda.
É crucial que a sociedade se mobilize para que possamos garantir uma vida com dignidade e respeito às pessoas com epilepsia. A conscientização e a educação são os primeiros passos para mudar a realidade de milhões!