Nação

Escândalo no MEC: Como Barchini Navega Entre Dois Mundos e Fomenta Acordos Milionários

2025-04-09

Autor: Lucas

A Influência Crescente da OEI no Governo Lula

Brasília – A Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) está se tornando um verdadeiro gigante na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comprometendo mais de R$ 710 milhões em contratos e acordos. E a mente por trás desse crescimento? Leonardo Barchini, que ocupa uma posição estratégica no MEC e, surpreendentemente, também na própria OEI.

O Duplo Papel de Barchini: De Executivo a Interlocutor

Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), descreveu a OEI como uma "entidade privada internacional" em um recentíssimo pronunciamento, enquanto Barchini, que se tornou secretário-executivo do MEC em agosto de 2024, parece navegar entre esses dois universos sem nenhuma quarentena.

Barchini foi nomeado logo no início do governo de transição, mas sua trajetória se torna ainda mais intrigante quando se observa que ele foi, ao mesmo tempo, chefe da OEI no Brasil. Em apenas um dia, sua exoneração foi publicada, e no dia seguinte ele já estava em Nova York, articulando novos acordos.

Contratos Milionários e a Questão da Ética

Desde a sua chegada ao MEC, ele viu uma avalanche de contratos serem firmados, incluindo um recente de R$ 3,5 milhões para um projeto ligado ao G20. Estranhamente, enquanto sua política de cooperação internacionais avança, ele formalizou um pedido de ética no MEC, questionado se sua movimentação gera algum conflito de interesse.

Histórico Polêmico e Relações no Governo

Antes de se consolidar como uma figura central na OEI, Barchini já estava no governo Haddad, onde atuou em posições relevantes, incluindo como chefe de gabinete e diretor de programas. Além disso, até recebeu R$ 37,5 mil durante a campanha do então candidato à presidência, Fernando Haddad, o que levanta ainda mais as sobrancelhas.

O TCU e a Análise de Conflito de Interesses

Atualmente, há um pedido no TCU para afastar Barchini do cargo, suspeitando que suas atividades possam conflitar com seus deveres no MEC. Contudo, até o momento, a solicitação foi negada, e ainda será analisada pelo plenário.

A Defesa do MEC e da OEI

O MEC reafirma que não há conflito de interesses, alegando que é comum que servidores concursados assumam cargos em organizações internacionais. A OEI também se defende, assegurando que não existe impedimento legal quanto às operações de Barchini.

Uma Novela Política em Desenvolvimento

Enquanto a situação se desenrola, a pergunta que fica no ar é: até onde essa trama de acordos e cargos vai levar? Com contratos milionários em jogo, o Brasil deve estar atento às movimentações de Barchini e ao verdadeiro impacto da OEI na educação pública.