Uma nova controvérsia explode em São Paulo, onde a empresa que faturou impressionantes R$ 624,1 milhões em obras para a recuperação de pontes e contenção de margens de córregos nos últimos quatro anos está no centro de um escândalo. Nesse período, as despesas para esse tipo de obra e sem licitação dispararam, levantando suspeitas de conluio entre os envolvidos.

O filho de Eduardo Olivatto, chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (Siurb), foi identificado como um dos moradores de um apartamento de luxo pertencente a Fernando Marsiarelli, conhecido por seu controle sobre contratos emergenciais com a Prefeitura. Além do filho de Olivatto, tanto o próprio prefeito Ricardo Nunes quanto Renan Marino Vieira, presidente da ADE Sampa, ocuparam imóveis de Marsiarelli, alegando ter pago aluguel.

Entretanto, no caso do filho de Olivatto, um estudante universitário, não houve pagamento de aluguel segundo a assessoria de imprensa, que também revelou que ele não reside mais no endereço mencionado e não possui qualquer vínculo com o setor público.

Luxo em Pinheiros

O apartamento em questão é um duplex de 58 m² localizado no 14º andar de um luxuoso condomínio na Rua Francisco Leitão, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Marsiarelli adquiriu esse imóvel por R$ 1,095 milhão em junho de 2023 através de sua empresa, Imóveis Ravello.

A presença do filho na lista de moradores do prédio foi confirmada, e vizinhos o reconheceram. Recentemente, ele deixou o apartamento, que agora está vazio, segundo informações de moradores.

Eduardo Olivatto, que é servidor público concursado, deixou o cargo de chefe de gabinete logo após a reeleição de Nunes em novembro de 2023. A Controladoria-Geral do Município (CGM) abriu uma investigação sobre sua conduta.

Com a pressão da mídia, Olivatto alterou suas declarações, admitindo que seu filho havia morado no apartamento, embora insistindo que não havia vínculo de aluguel e que o jovem tem o direito ao sigilo de sua vida.

Investigação em Andamento

A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de São Paulo começou a investigar as situações relacionadas aos imóveis ocupados por Olivatto e outros aliados do prefeito. A situação gera ainda mais questionamentos sobre a relação entre as locações e os contratos com a Prefeitura, especialmente após a denúncia de que a empresa de Marsiarelli, a F.F.L., é a maior vencedora de contratos emergenciais não licitados nos últimos quatro anos, totalizando R$ 5,5 bilhões.

O Que Isso Significa para a População?

A polêmica gera indignação entre a população que clama por transparência e ética na administração pública. Enquanto isso, o custo do aluguel em imóveis semelhantes na região de Pinheiros não sai por menos de R$ 20 mil mensais, e considerando os dois imóveis ocupados pela família Olivatto, o custo de moradia poderia ultrapassar R$ 26 mil mensais, um valor considerável para um servidor público.

Em Busca de Respostas

A sociedade agora se pergunta: quais os reais vínculos entre funcionários da Prefeitura e empresas que controlam as obras que todos precisam? O que deveria ser uma administração pública voltada para o bem comum se vê envolta em questionamentos e suspeitas de favorecimento. A espera por respostas é cada vez mais urgente!