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Escândalo: Vazamento de Dados Pessoais Após Liberação dos Arquivos de Kennedy

2025-03-20

Autor: Carolina

Mais de 64 mil páginas de documentos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963 foram liberadas esta semana, mas o que deveria ser um marco de transparência governamental se transformou em um verdadeiro escândalo. Os documentos foram divulgados sem qualquer edição, resultando na exposição de informações pessoais de centenas de indivíduos, incluindo agentes da CIA e membros do Congresso.

Críticos da administração Trump alegam que a pressa do FBI em revisar os arquivos culminou nesse vazamento catastrófico. Isso incluiu a divulgação dos números do Seguro Social de várias pessoas, algumas das quais ainda estão vivas e se viram obrigadas a lidar com a invasão de sua privacidade. William A. Harnage, ex-contratado do governo, disse: "Considero quase criminoso" ao descobrir que seu número estava em um arquivo datado de 1977.

De acordo com fontes internas, os funcionários do governo estavam cientes de que liberá-los sem qualquer tipo de censura poderia resultar em graves violações de privacidade. A Casa Branca não comentou sobre o assunto, refletindo uma falta de responsabilidade em lidar com questões tão sensíveis.

A divulgação repentina, anunciada por Trump em um evento no Kennedy Center, pegou a equipe de segurança nacional de surpresa. A expectativa era que um planejamento cuidadoso fosse realizado, uma vez que Trump havia assinado um decreto logo após assumir o cargo, ordenando a liberação desses documentos. O anúncio precipitou uma corrida contra o tempo entre os funcionários para examinar os documentos, com preocupações crescentes sobre as consequências do vazamento.

Tulsi Gabbard, diretora de Inteligência Nacional, tentou justificar a liberação dos arquivos como uma nova era de transparência. Em uma postagem na rede social X, ela elogiou a decisão de Trump de divulgar os documentos anteriormente censurados. Contudo, muitos especialistas em privacidade e direitos civis discordam, apontando que a exposição de dados pessoais pode ter consequências permanentes e prejudiciais para os indivíduos afetados.

O próprio Trump revelou que não tinha grande interesse no conteúdo dos arquivos, afirmando em uma entrevista anterior que não estava "tão curioso" sobre os papéis. Mesmo assim, ele defendeu a liberação, alegando que era necessário desmistificar o que considera segredos sagrados do governo.

A repercussão do vazamento gerou uma onda de indignação, especialmente entre aqueles cujas informações foram reveladas. Judy K. Barga, uma das afetadas, destacou que "as informações privadas das pessoas devem ser mantidas em sigilo", enfatizando que o vazamento não é benéfico para ninguém. Com 80 anos e ganhando a vida como funcionária do governo, Barga expressou sua preocupação com as consequências desse erro monumental.

Esse incidente levanta questões sérias sobre a proteção de dados pessoais e a responsabilidade do governo em preservar a privacidade de seus cidadãos. O que mais pode estar escondido nos arquivos liberados e que riscos adicionais surgirão à medida que a história do assassinato de JFK continua a ser explorada? Apenas o tempo dirá.