Saúde

EUA Anunciam Corte de 10 Mil Postos de Trabalho no Departamento de Saúde

2025-03-27

Autor: Maria

Em um movimento polêmico e repleto de controvérsias, o governo Trump decidiu implementar cortes drásticos no Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), eliminando cerca de 10 mil postos de trabalho. Essa decisão impacta diretamente o futuro de uma instituição que atualmente conta com aproximadamente 82 mil funcionários, responsáveis por regular cuidados médicos, alimentos e medicamentos que afetam a vida de todos os americanos.

Com essa reestruturação, o número de funcionários do HHS será reduzido para em torno de 62 mil. Além do fechamento de postos de trabalho, o governo também planeja criar a "Administration for a Healthy America" (Agência para uma América Saudável), que combinará várias agências focadas no tratamento de abuso de substâncias e segurança química, bem como aquelas que administram os tribunais de indenização relacionados a lesões causadas por vacinas.

Em um vídeo divulgado, o secretário da Saúde, Kennedy, afirmou que essa mudança visa "fazer mais com menos" e reconheceu que esse será "um período doloroso" para a agência. Segundo Kennedy, a meta é consolidar departamentos e torná-los mais responsivos aos contribuintes e pacientes. No entanto, a falta de detalhes sobre como isso afetará a saúde pública levanta preocupações entre especialistas e cidadãos.

Além disso, os planos de demissão incluem uma reforma abrangente nas 28 divisões do Departamento de Saúde, que serão consolidadas em apenas 15, e a redução de escritórios regionais de 10 para 5. Os cortes são conduzidos sob as diretrizes do Departamento de Eficiência Governamental, supervisionado pelo bilionário Elon Musk.

Os impactos desses cortes não são pequenos: a Food and Drug Administration (FDA), que atua na supervisão de medicamentos e produtos de consumo, deverá perder cerca de 3,5 mil postos de trabalho. Já os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) enfrentarão uma redução de 2,4 mil funcionários, focando apenas na preparação e resposta a epidemias, enquanto os Institutos Nacionais de Saúde perderão 1,2 mil postos.

Kennedy justificou as demissões alegando que a taxa de doenças crônicas aumentou durante o governo Biden, apesar de um suposto crescimento governamental. Contudo, não apresentou soluções concretas para problemas significativos, como diabetes e doenças cardíacas.

A situação se torna ainda mais crítica quando observamos o clima de descontentamento entre os funcionários, muitos dos quais têm dúvidas sobre a eficácia das novas estratégias. O ex-chefe da FDA, Robert Califf, destacou que sua equipe já havia tentado implementar uma reorganização para melhorar a eficiência, mas encontrou resistência e problemas morais consideráveis em meio a mudanças constantes.

Isso levanta um alerta sobre possíveis consequências a longo prazo para a saúde pública e a segurança alimentar nos EUA. Como a população reagirá a essas mudanças? E quais serão os impactos reais na saúde dos americanos? A resposta a essas perguntas poderá moldar o futuro da saúde pública no país.