EXCLUSIVO: Novos detalhes do atentado em Brasília revelam momentos de tensão
2024-11-17
Autor: Matheus
Imagens inéditas de alta definição do sistema de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) foram divulgadas, mostrando detalhes alarmantes do atentado cometido por Francisco Wanderlei Luiz na quarta-feira (13).
As gravações revelam que a segunda bomba lançada por Francisco quase atingiu pessoas que estavam deixando o prédio do STF, repleto de ministros, funcionários e visitantes, em uma noite marcada por pânico e desespero. O ataque ocorreu por volta das 19h30 e se desenrolou de forma extremamente rápida, provocando uma reação imediata do sistema de segurança que estava em vigor após os trágicos eventos de 8 de janeiro de 2023.
Instalado com mais de 400 câmeras, o sistema de monitoramento do Supremo desvendou a corrida desenfreada de pessoas entre os escombros da cena do crime. Em uma simulação feita pela equipe de segurança, foi possível identificar um objeto abandonado no corredor momentos antes do ataque.
Alerta Prévio
Antes do atentado, uma alerta de intrusão foi acionado, segundo Marcelo Schettini, secretário de segurança do STF. A nova tecnologia utilizada conseguiu detectar comportamentos suspeitos. “Ele [Francisco Wanderley] aparecia em um dia chuvoso, se agachando incrivelmente perto do prédio”, relata Schettini, enfatizando a eficiência do novo sistema.
Uma testemunha, Layana Costa, conta que Francisco se comportava de maneira estranha. “Ele acenou para todos como se estivesse ciente do que ia acontecer”, afirma, ainda assustada.
Momentos de Pânico
Patrícia Pita, advogada que presenciou o ataque ao lado do marido, Roberto, descreve o clima de desespero. A primeira explosão foi seguida de um caos absoluto, com gritos e correria. Ao ouvir que Francisco acendeu outra bomba, Patrícia se abaixou para se proteger, sentindo o terror em cada segundo.
“Foi uma sensação de impotência. Ver aquele corpo no chão é algo que ficará marcado para sempre”, desabafa, emocionada com a tragédia que desfez uma tentativa de ataque nojento.
Cenas Inesquecíveis
As câmeras de segurança capturaram o primeiro artefato lançado e, mesmo após a explosão, vestígios permanecem, como o chapéu que Francisco usava e um pequeno extintor de incêndio, encontrando-se cheio de gasolina próximo ao seu corpo. Este detalhe enigmático levou investigadores a questionar as intenções do autor.
Na emboscada, que levou à descoberta da quitinete alugada em Ceilândia, a polícia encontrou mais explosivos e alertas de “cuidado” espalhados pelo local, levantando suspeitas de uma operação meticulosamente planejada.
Após o Impacto
No dia seguinte ao atentado, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, revelou que armadilhas letais foram desativadas pelo robô antibombas durante a investigação. Uma bomba detonada dentro da quitinete deixou claro que a ameaça era concreta.
Vizinhos revelaram ter ouvido ruídos estranhos nas noites anteriores ao ataque, sugerindo que Francisco poderia ter estado se preparando para o atentado de forma discreta.
O STF reafirmou que o sistema de segurança, dessa vez, funcionou como deveria. “Qualquer intruso é imediatamente identificado. Estamos preparados”, assegura Schettini.
Este atentado, com ecos dos eventos de janeiro, serve como um alerta para as instituições e a sociedade sobre a persistência da violência e a importância de sistemas de segurança eficientes para proteger a democracia.