Execução em Oklahoma marca o final de um ano sombrio para a pena de morte nos EUA
2024-12-20
Autor: Pedro
Nesta quinta-feira (19), Kevin Ray Underwood, de 45 anos, tornou-se o 25º homem executado nos Estados Unidos em 2024. Ele foi condenado à morte por ter assassinado cruelmente uma menina de apenas dez anos em Oklahoma.
A execução foi realizada na penitenciária estadual de McAlester, onde Underwood recebeu a injeção letal. O procedimento começou às 10h04 e ele foi declarado morto dez minutos depois, encerrando assim um ano marcado por uma diminuição significativa nas execuções em todo o país.
Underwood foi condenado em 2006 pelo brutal assassinato de Jamie Rose Bolin, filha de seus vizinhos. O crime chocou a comunidade de Purcell, onde a menina foi espancada com uma tábua de corte e sufocada.
Durante uma audiência de clemência na última sexta-feira, Underwood expressou arrependimento e confessou o crime. "Reconheço que, embora não queira morrer, mereço isso pelo que fiz. Pediria desculpas à família da vítima e à minha família", declarou ele.
Este ano, pela primeira vez em 15 anos, o estado de Indiana também executou um detento, Joseph Corcoran, condenado por assassinar seu próprio irmão e outros três homens. Indiana havia suspendido as execuções desde 2009, devido a dificuldades na obtenção de medicamentos letais, uma situação que reflete a crescente resistência das farmacêuticas em fornecer substâncias para a pena de morte.
De acordo com o Centro de Informações sobre a Pena de Morte, as execuções deste ano foram realizadas em nove estados, com Alabama liderando a lista com seis execuções, seguido pelo Texas, com cinco. Três das 25 execuções utilizaram o controverso método do gás nitrogênio, enquanto as demais foram realizadas por injeção letal.
Embora a pena de morte continue a gerar debates acalorados nos Estados Unidos, uma pesquisa da Gallup revelou que 53% da população ainda a apoiam para condenados por assassinato, enquanto 43% se opõem. Surpreendentemente, 4% dos entrevistados afirmaram não ter uma opinião formada sobre o tema.
É importante notar que a pena capital foi abolida em 23 dos 50 estados americanos, e outros seis impuseram moratórias efetivas, levantando questões sobre a validade e a moralidade da pena de morte no país. A queda no número de execuções sugere um possível declínio na aceitação social da prática, refletindo uma tendência global de desaprovação em relação a essa forma de punição extrema.