Uma série de explosões impressionantes foram registradas nas proximidades do aeroporto de Beirute, no Líbano, durante a madrugada de sexta-feira (4), segundo o horário local — noite de quinta-feira (3) no Brasil. O ministro dos Transportes libanês alegou que os estrondos foram consecuencia de um ataque militar israelense, alçando a tensão na região.

De acordo com o site Axios, que citou fontes militares em Israel, o principal alvo do ataque seria Hashem Safi al-Din, uma figura proeminente do Hezbollah, considerada um dos principais candidatos a liderar o grupo após a morte de Hassan Nasrallah, cujo paradeiro permanece incerto. A ausência de informações sobre Safi al-Din intensifica a especulação sobre os desdobramentos desse ataque.

Até o momento, Israel não comentou oficialmente sobre a ofensiva, aumentando a incerteza no cenário político. Testemunhas que estavam no local relataram ouvir jatos militares sobrevoando a região, enquanto vídeos mostraram aeronaves comerciais aterrissando no aeroporto minutos antes das explosões, o que levanta questões sobre a segurança da aviação civil na área.

Essas explosões ocorrem em um momento crítico em que países ao redor do mundo, incluindo o Brasil, tentam evacuar seus cidadãos do Líbano. A previsão apontava que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) chegaria ao local na sexta-feira para realizar o resgate. A manobra é parte de um esforço global, uma vez que nações como Rússia, Reino Unido e Espanha também mobilizaram forças-tarefa para retirar seus cidadãos, enquanto a Austrália optou por uma abordagem marítima para o mesmo fim.

Recentemente, Israel intensificou seus ataques aéreos contra alvos do Hezbollah em Beirute, alavancando o número de vítimas até o momento. Em dois semanas de intensidade militar, quase 1.900 pessoas perderam a vida em todo o Líbano, segundo o Ministério da Saúde local. Na quinta-feira, em uma única ação, 37 pessoas foram mortas e 151 ficaram feridas, destacando a gravidade da situação humanitária no país.

Em meio ao caos, a fumaça e as chamas elevaram-se em Beirute, ecoando o eco de uma guerra em que o Hezbollah, grupo armado com forte influência no Líbano e apoio do Irã, combina seus esforços com os terroristas do Hamas, que continuam a disparar contra o norte de Israel. A escalada das tensões ocorreu após a morte de um comandante do Hezbollah em um ataque israelense em julho, com represálias sendo planejadas pelo grupo extremista.

Recentemente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu assegurou que tomará medidas para garantir o retorno dos cidadãos deslocados para o norte do país, cuja segurança se tornou uma prioridade, uma vez que muitos abandonaram suas casas devido aos bombardeios. Esse retorno, no entanto, deve ocorrer dentro de um planejamento estratégico militar, conforme indicate pelo governo israelense.

O cenário atual é um lembrete sombrio da fragilidade da paz na região, onde novas operações militares de ambos os lados podem ser iminentes. Será que estamos à beira de uma escalada ainda maior neste já conturbado conflito? O mundo observa com atenção o desenrolar dos eventos.