No início da semana, um acompanhante de um paciente em tratamento de hemodiálise gravou um vídeo chocante que revela o descaso do Hospital Nossa Senhora das Graças. Nas imagens, é possível ver pessoas sofrendo com o calor intenso enquanto aguardam atendimento.

De acordo com as denúncias de pacientes, os aparelhos de ar condicionado na ala de hemodiálise não estariam funcionando, exacerbando o sofrimento dos pacientes que já enfrentam um tratamento doloroso.

Após a viralização do vídeo nas redes sociais, a irmandade responsável pelo hospital afirmou em nota que já estaria tomando providências para consertar os aparelhos de ar condicionado. Curiosamente, todos os profissionais que foram filmados tentando aliviar o calor com folhas foram demitidos pouco tempo depois do ocorrido.

O enfermeiro Alber Alípio, que é também vereador eleito e representa os profissionais da saúde, esteve no hospital para investigar a situação. Em contato com a nossa redação, Alber expressou sua indignação: "Acho um absurdo os profissionais pagarem por um erro que não são deles. Irei acionar o sindicato e o Coren (Conselho Regional de Enfermagem) para proteger os direitos dos profissionais, que parecem ter sido demitidos por perseguição", afirmou.

Nossa equipe tentou contactar a assessoria de imprensa do hospital para obter esclarecimentos sobre as demissões, mas até o momento não houve resposta.

Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que o Hospital Nossa Senhora das Graças enfrenta críticas. Nos últimos meses, têm surgido cada vez mais relatos de pacientes sobre condições inadequadas e falta de infraestrutura. A situação levanta questionamentos sobre a qualidade do atendimento e a responsabilidade da administração do hospital.

A Irmandade Nossa Senhora das Graças, em sua defesa, não comenta decisões administrativas internas, incluindo a movimentação de funcionários. Em seu posicionamento, afirmaram que todas as ações da instituição seguem critérios técnicos e estratégicos, com o intuito de garantir a excelência na prestação de serviços à comunidade. A pergunta que fica é: será que isso é suficiente diante da gravidade das denúncias? Vamos acompanhar de perto esse caso e trazer novas informações em breve.