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G7 reafirma compromissos internacionais e ignora prisão de Netanyahu

2024-11-26

Autor: Mariana

Os países do G7, incluindo Estados Unidos e União Europeia, emitiram uma declaração coletiva em resposta às ordens de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e outras figuras do governo. "Reiteramos nosso compromisso com o direito internacional humanitário e cumpriremos nossas respectivas obrigações", disseram os chanceleres, sublinhando que "não há equivalência entre o grupo terrorista Hamas e o Estado de Israel". No entanto, não houve menções explícitas sobre a ordem de prisão, que pesa sobre Netanyahu e seus aliados, incluindo o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Na semana passada, o TPI determinou que Netanyahu e Gallant, bem como o líder do Hamas, Mohammed Deif, são responsáveis por supostos crimes de guerra e contra a humanidade, relacionados ao conflito contínuo em Gaza. Essa decisão é vista como um movimento significativo, uma vez que a credibilidade do TPI é avaliada à luz de como os membros da comunidade internacional responderão a ela.

O líder supremo do Irã declarou que a ordem de prisão contra Netanyahu é insuficiente e pediu a aplicação da pena de morte. Essa postura reforça a tensão existente entre diferentes nações em relação ao conflito israelense-palestino. O governo de Netanyahu, por sua vez, chamou a ordem de prisão de "antissemita", e os EUA, aliados imprescindíveis de Israel, descreveram a determinação como "ultrajante". A declaração ressalta que, se algum desses indivíduos for encontrado em um país signatário do Estatuto de Roma, o governo local do país deve proceder à prisão.

Enquanto isso, a situação humanitária em Gaza se deteriora a cada dia, com especialistas e a ONU descrevendo-a como "catastrófica". O chanceler italiano, Antonio Tajani, destacou a divisão entre os integrantes do grupo sobre a situação, delegando a cada país o entendimento sobre suas "respectivas obrigações". Os líderes do G7 também expressaram sua condenação à violência contra civis palestinos e reforçaram a necessidade de um cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, enfatizando a urgência de negociações diplomáticas.

Além do contexto de Gaza, os chanceleres abordaram a guerra na Ucrânia, criticando a retórica nuclear irresponsável da Rússia e destacando o recente lançamento de um míssil balístico em território ucraniano. Essa situação tem implicações diretas para a segurança global, afetando as relações entre nações. O apoio à integridade territorial da Ucrânia se mantém firme, com a participação do chanceler ucraniano nas deliberações do G7, reforçando a solidariedade internacional neste contexto.

Por fim, sobre a crise na Venezuela, os ministros de Relações Exteriores mencionaram o claro desejo do povo venezuelano por mudança democrática nas eleições de julho e afirmaram trabalhar com parceiros regionais para promover uma transição pacífica e democrática no país.