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Galípolo Rejeita Proposta de Retirar Alimentos da Inflação: Entenda o Motivo!

2025-03-28

Autor: Maria

Na quinta-feira, 27 de março de 2025, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, deixou claro que a sugestão de excluir os preços de alimentos e energia elétrica do cálculo do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) "não dialoga" com as diretrizes da autoridade monetária. Essa afirmação surge após o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) ter aventado, na segunda-feira, 24 de março, a ideia de que tal ação significaria uma "medida inteligente" para tornar as políticas monetárias mais efetivas no combate à inflação. Alckmin argumentou que a elevação da taxa de juros não é a solução para resolver as questões referentes aos preços dos alimentos, frequentemente afetados por fatores externos.

Galípolo, em sua fala, destacou que os núcleos da inflação, que refletem variações de preços excluindo elementos extraordinários como a alta de energia e alimentos, permanecem elevados e próximos da taxa do IPCA. Ele expressou estar “bastante satisfeito” com o atual sistema de cálculo da Selic, a taxa básica de juros do país.

Em uma coletiva à imprensa, Galípolo respondeu questões sobre as estratégias do governo Lula para controlar a inflação de alimentos. Ele afirmou que Alckmin parece estar considerando cenários e práticas internacionais, porém, ponderou que tais debates não se relacionam com as ações atuais do BC: "A autonomia do Banco Central não impede que as pessoas comentem sobre a política monetária", disse ele, ressaltando a importância do diálogo sobre o assunto, mesmo que não concorde com a proposta.

Além disso, no mesmo dia, Galípolo apresentou o Relatório de Política Monetária, onde a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil para 2025 foi reduzida de 2,1% para 1,9%. No documento, o BC enfatiza que a desaceleração da economia é "um elemento necessário" para alcançar a meta de inflação de 3%. O intervalo dessa meta é de 1,5% a 4,5%, e a taxa do IPCA foi de 5,06% em fevereiro, com expectativa de aumentar para 5,6% em março.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), foi decidido elevar a Selic para 14,25% ao ano, com a expectativa de novos aumentos em reuniões futuras, porém em “menor magnitude”. Diante desse cenário conturbado, a discussão sobre a inflação de alimentos e a política monetária segue em alta. Como as decisões do Banco Central vão impactar o bolso do brasileiro? Acompanhe nossas atualizações!