
Governadores de Direita Saem em Defesa de Bolsonaro Após STF Torná-lo Réu
2025-03-27
Autor: Gabriel
Governadores alinhados à direita criticaram a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de aceitar a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, sob a acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022.
Em uma postura firme, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, expressou em suas redes sociais que Bolsonaro é o maior líder do país e que enfrentará esse desafio "com coragem". Ele acrescentou: "Sabemos que esse não é o primeiro e não será o último desafio a ser enfrentado, mas a verdade prevalecerá e a inocência será comprovada". Tarcísio é frequentemente citado como um potencial candidato à presidência em 2026, especialmente com a inelegibilidade do ex-presidente.
De forma similar, Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, elogiou a trajetória de Bolsonaro, afirmando que foi marcada pelo compromisso com o povo brasileiro, e pediu serenidade em um momento político turbulento.
Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, foi ainda mais enfático ao afirmar que não teme se posicionar ao lado de Bolsonaro, reiterando que ele é o maior líder de oposição no Brasil e deve estar nas urnas em 2026.
Embora outros governadores que anteriormente apoiaram Bolsonaro tenham adotado um tom mais moderado, como Ratinho Júnior (PSD) do Paraná, que questionou a decisão do julgamento pela 1ª Turma do STF e sugeriu que um ex-presidente deveria ser julgado pelo plenário, outros, como Ronaldo Caiado (União), pediram um julgamento justo, mas sem defesas explícitas ao ex-presidente, refletindo uma postura cautelosa em meio ao clima polarizado.
A decisão do STF marcou o início de um processo penal que pode levar a penas de até 43 anos de prisão para os réus, que respondem por múltiplos crimes envolvidos na tentativa de impedir a posse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que Bolsonaro atuava como o líder do grupo acusado.
Dentre os crimes que os réus enfrentam, estão a abolição violenta do Estado democrático de direito, que pode resultar em 4 a 8 anos de prisão, e o golpe de Estado, com penas que variam de 4 a 12 anos. O julgamento, que envolveu apenas o primeiro dos quatro grupos denunciados pela PGR, destacou o núcleo central da organização criminosa, de onde surgiram as principais decisões.
Entre os outros réus estão figuras proeminentes como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. Após o início da ação penal, as testemunhas indicadas pelas defesas serão ouvidas, e novas provas podem ser solicitadas antes do julgamento definitivo.
A repercussão da decisão já acendeu debates fervorosos nas redes sociais, dividindo opiniões sobre o impacto político que essa situação poderá causar nas eleições futuras. Enquanto apoiadores de Bolsonaro se mobilizam em sua defesa, opositores celebram o avanço da justiça. A expectativa agora gira em torno do desenrolar do processo e das próximas etapas do julgamento.