O governo brasileiro está observando com preocupação a atual situação em Israel, avaliando que as iniciativas dos Estados Unidos, sob a liderança de Joe Biden, têm sido insuficientes para influenciar as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Um membro da administração brasileira afirmou ao blog que "Bibi faz o que bem entende", evidenciando a sensação de impotência diante da escalada do conflito.

No Itamaraty, a percepção é a mesma. Com a proximidade das eleições nos EUA e Biden se mostrando mais vulnerável devido ao fim do seu mandato, a expectativa é que o governo americano, tradicionalmente um aliado forte de Israel, não consiga persuadir o país a conter a violência crescente na região.

Diante dessa situação alarmante, o Brasil decidiu agir rapidamente, enviando aviões para resgatar cidadãos brasileiros que se encontravam no Líbano. Essa decisão visa não apenas proteger os brasileiros, mas também evitar um desgaste político significativo. As autoridades brasileiras reconhecem a gravidade da guerra no Líbano, ao contrário do episódio anterior da guerra da Ucrânia, quando a embaixada minimizou os riscos, resultando em vários brasileiros presos no país devido a essa desinformação em 2022.

Além disso, é importante destacar que a tensão entre Israel e o Hamas aumentou consideravelmente nos últimos meses, com ataques e represálias que têm causado um elevado número de vítimas civis, complicando ainda mais a situação humanitária na região. O Brasil, assim como outros países, está monitorando de perto as evoluções desse conflito, já que ações eficazes e coordenadas na diplomacia internacional são cruciais para evitar uma escalada ainda maior da violência.