
Greve na CPTM: Ferroviários fazem alerta sobre privatização e impactam transporte em São Paulo
2025-03-24
Autor: João
São Paulo — Uma greve programada para esta quarta-feira (26/3) promete paralisar as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A decisão, tomada por meio de assembleia realizada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil na última quinta-feira (20/3), reflete a crescente insatisfação dos trabalhadores com o processo de privatização das linhas.
Essas linhas são essenciais, conectando a região central da capital paulista à Zona Leste, além de atender cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos, impactando diariamente milhares de passageiros.
Quando começa a greve?
A partir de quarta-feira (26/3), sem previsão de término.
Linhas afetadas:
11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
Ato público:
Os ferroviários também programaram um ato público na manhã da terça-feira (25/3) em frente à Bolsa de Valores (B3) de São Paulo. Essa manifestação se dá em um contexto em que, na sexta-feira (28/3), o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende leiloar as concessões das linhas em questão.
A privatização dessas linhas é uma das principais apostas do governo para mostrar a eficácia de sua gestão, prometendo modernizar o serviço até níveis comparáveis ao do metrô. No entanto, essa proposta enfrenta forte resistência de sindicatos, partidos de esquerda e comunidades que temem a deterioração da qualidade do transporte público e o aumento das tarifas.
Entre as promessas do governo, está a redução dos intervalos entre trens para até três minutos, além da construção de oito novas estações e a reforma de 24 já existentes. O investimento projetado é de impressionantes R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.
A tensão em torno da greve pode afetar ainda mais a rotina dos paulistanos, que já enfrentam diversos desafios em termos de transporte público. Para quem depende dessas linhas, a greve pode significar mais dificuldades e atrasos. Fique atento às atualizações e informe-se sobre os impactos dessa ação! Assim, a situação envolve discussões não só sobre transporte, mas também sobre os direitos dos trabalhadores e o futuro das mobilidades urbanas em um dos centros econômicos mais importantes do Brasil.