
Guararapes Surpreende Mais uma Vez: Vendas em Alta e Margens Espetaculares!
2025-03-19
Autor: Fernanda
A Guararapes, responsável pelas famosas Lojas Riachuelo, anunciou resultados impressionantes no último trimestre, continuando a trajetória de crescimento das vendas e expansão nas margens, frutos de mudanças operacionais implementadas ao longo dos últimos dois anos.
A empresa registrou uma receita de R$ 3 bilhões no quarto trimestre, marcando um crescimento de 10,8% em relação ao ano anterior. As vendas em lojas comparáveis subiram 13,9%, a maior expansão do setor, fazendo com que a companhia conquistasse ainda mais market share.
Os números de rentabilidade superaram as expectativas do mercado. A margem bruta consolidada foi de 58,7%, um aumento de 1,3 ponto percentual, enquanto analistas esperavam 58%. O EBITDA alcançou R$ 569 milhões, superando o consenso que previa R$ 527 milhões.
André Farber, CEO da Guararapes, destacou a dificuldade de crescer a receita mantendo a margem, mas enfatizou que a empresa tem conseguido essa equação de forma consistente. "Estamos experimentando uma enorme expansão do EBITDA devido a uma gestão disciplinada do capital e capital de giro," afirmou ao Brazil Journal.
O lucro líquido do quarto trimestre foi de R$ 249 milhões, um impressionante aumento de 43%, enquanto o lucro total do ano foi de R$ 235 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 89 milhões registrado em 2023.
Farber explicou que o crescimento da receita se deve principalmente a um aumento no volume de vendas, uma vez que a companhia optou por não elevar os preços durante o ano passado. Após assumir o cargo em maio de 2023, ele identificou que muitos consumidores consideravam os produtos da Riachuelo caros. Para combater essa percepção, a empresa reduziu preços de 5% a 15% em junho, o que resultou em melhorias significativas nas vendas.
O CEO mencionou que enquanto o ano de 2023 foi marcado pela manutenção de preços, a empresa começa a vislumbrar a possibilidade de aumentos pontuais em 2025, acompanhados pelo lançamento de novas coleções e produtos com tecnologias avançadas.
O desempenho positivo da Riachuelo foi impulsionado pela Midway, a financeira do grupo, que gerou quase R$ 100 milhões de EBITDA no quarto trimestre e R$ 404 milhões ao longo do ano. Contudo, o EBITDA da Midway mais que dobrou em relação ao ano anterior, mas sofreu uma queda de 20,8% no trimestre devido ao aumento do índice de cobertura, que saltou de 93,4% no segundo trimestre para 98% no terceiro e 102% no quarto.
O CFO Miguel Cafruni explicou que cada ponto percentual de aumento na cobertura representa R$ 10 milhões, o que resultou em um impacto de R$ 50 milhões no EBITDA quando comparado entre os trimestres. "Nosso índice de inadimplência está em níveis excelentes e não prevemos piora, mas decidimos criar um colchão para eventuais adversidades futuras," comentou o CFO.
A Guararapes também conseguiu reduzir significativamente sua dívida líquida, que encerrou o ano em R$ 499 milhões, refletindo uma alavancagem de apenas 0,3x EBITDA, uma queda expressiva em relação aos R$ 1 bilhão do ano passado. Cafruni destacou que a empresa pré-pagou R$ 500 milhões em dívidas em setembro e planeja um pré-pagamento adicional de R$ 350 milhões nos próximos meses, com o objetivo de atingir uma posição de caixa líquida ao final do ano.
"Temos uma estratégia clara de redução de dívida. A intenção é deixar a empresa mais leve financeiramente para aumentar nossa lucratividade," afirmou o CFO. Com essas notícias, a Guararapes teve um fechamento de R$ 3,9 bilhões na Bolsa, com suas ações subindo impressionantes 38% desde o início do ano, fazendo dessa uma das empresas mais promissoras do setor.