A China acaba de dar um golpe duro na Boeing ao proibir a entrega de jatos em resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Esse movimento estratégico pode aumentar os custos de manutenção das aeronaves já operacionais no país.

Fontes informam que o governo chinês também pediu às companhias aéreas locais que suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves fabricadas nos EUA. Isso representa um desafio significativo para as empresas que dependem de fornecimentos americanos.

Em meio a essa tensão, a Boeing, que considera a China um mercado-chave em crescimento e que enfrenta forte concorrência da Airbus, viu suas ações caírem 2% na abertura do mercado.

Esse revés chega em um momento delicado para a fabricante, que ainda tenta se recuperar de uma greve trabalhista e de um incidente sério no ano passado, quando a porta de uma aeronave explodiu durante um voo, resultando em uma queda de mais de um terço do seu valor de mercado.

A decisão da China se alinha a um movimento recente de aumento de impostos sobre importações provenientes dos EUA, que agora alcançam impressionantes 125%. Esse reajuste é uma retaliação direta às tarifas americanas.

Com essas novas tarifas, o custo dos jatos Boeing para as companhias aéreas chinesas deve disparar, forçando-as a considerar alternativas, como a Airbus e a fabricante local COMAC.

Analistas alertam que a escalada das tarifas retaliatórias entre as duas maiores economias do mundo pode paralisar o comércio bilateral, que é avaliado em mais de US$ 650 bilhões em 2024. O futuro desse relacionamento comercial se torna cada vez mais incerto.