O Ibovespa apresentou queda nesta quinta-feira, operando em torno dos 127 mil pontos, enquanto o dólar comercial se valorizou, atingindo R$ 5,81. A maioria dos ativos da bolsa registrou recuo, com destaque para os grandes bancos e a mineradora Vale (VALE3).

O clima nos mercados ficou ainda mais tenso após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterar sua vontade de garantir estabilidade econômica, fiscal e jurídica no Brasil, em um momento em que a redação de um pacote fiscal está prestes a ser finalizada. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, mencionou que o anúncio das novas medidas depende do presidente Lula e pode ocorrer ainda nesta semana.

As ações do setor de papel e celulose, por outro lado, destacaram-se em meio ao pessimismo geral, com SUZB3, KLBN11 e RANI3 registrando ganhos.

Enquanto isso, a Embraer (EMBR3) revelou planos audaciosos de alcançar um faturamento de US$ 10 bilhões até 2030, por meio de inovações e expansão no mercado global. Essa estratégia está alinhada com a crescente demanda por jatos executivos e para defesa, conforme afirmado por representantes da empresa.

No mercado internacional, a volatilidade aumenta. O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que ainda está avaliando os planos econômicos do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que provoca cautela nos investidores.

Além disso, o cenário local foi impactado pelos recentes rumores de cortes de impostos e tarifas por parte do governo americano, que podem afetar a economia global. As petroleiras também sentiram o impacto, com ações como PRIO3 e RECV3 apresentando baixa, junto com dados de crescimento do setor de educação e desempenho misto das ações da Petrobras.

Em meio a esse cenário, especialistas afirmam que a trajetória da bolsa pode ficar ainda mais complicada, dependendo do anúncio das medidas fiscais e da recuperação ou não das ações de Vale e dos bancos.

Fique atento: a expectativa por uma nova leva de investimentos também estará em foco, e o mercado aguarda ansiosamente pelo desfecho das reuniões programadas para esta tarde entre o ministro da Fazenda e representantes do setor privado.