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Ibovespa fecha com alta sólida, impulsionado por bancos e varejo; Vale sofre queda

2024-10-14

Autor: Maria

A semana começou de forma promissora para o Ibovespa, que terminou o dia com uma expressiva alta de 0,78%, atingindo 131.005,25 pontos, o que representa um avanço de 1.012,96 pontos. Este foi o maior aumento do índice desde 26 de setembro. A moeda americana também recuou, caindo 0,58%, para R$ 5,58, enquanto os juros futuros apresentaram queda em toda a curva.

Diversos fatores contribuíram para essa valorização do principal índice da Bolsa brasileira. Nesta manhã, o IBC-Br de agosto, considerado uma prévia do PIB, surpreendeu o mercado ao registrar um crescimento de 0,23%, em vez da estabilidade esperada.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, declarou durante um evento que pode ser necessário revisar as previsões de PIB para este ano. As declarações do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também geraram otimismo, ao afirmar que as revisões de crescimento são fundamentais e refletem a verdadeira situação da economia.

As preocupações relacionadas à política fiscal do governo foram atenuadas por comentários positivos de Galípolo, que elogiou a transparência nas contas públicas promovida por Haddad. Economistas, por sua vez, melhoraram suas projeções para o saldo primário do governo este ano, mas elevaram a expectativa para a dívida pública, segundo o relatório Prisma Fiscal de outubro.

Enquanto os principais índices de Nova York batiam recordes, impulsionados pela temporada de resultados das empresas, a Bolsa brasileira também se beneficiava de boas novas. Destaque para as ações do grupo Assaí (ASAI3), que dispararam 6,25% após o cancelamento de um arrolamento bilionário pela Receita Federal. Magazine Luiza (MGLU3) também se destacou, com alta de 3,70%.

O setor financeiro teve um desempenho notável, com o Banco do Brasil (BBAS3) subindo 0,72%, Santander (SANB11) avançando 1,15%, Bradesco (BBDC4) em alta de 1,49% e Itaú Unibanco (ITUB4) com um crescimento de 0,64%.

Entretanto, a Vale (VALE3) enfrentou dificuldades, registrando queda de 0,32%, mesmo com um desempenho positivo do minério de ferro, resultado de promessas de estímulos na China. A Petrobras (PETR4) também teve um dia difícil, acompanhando a queda do petróleo, mas conseguiu se recuperar no final do pregão, fechando em alta de 0,24%.

Analistas continuam a monitorar a reação das ações diante das expectativas de um controle fiscal mais rigoroso e uma possível aprovação da reforma tributária em 2024. O Ibovespa se aproxima de uma nova resistência, e novos desenvolvimentos econômicos e políticos devem ser observados nas próximas semanas, o que poderá impactar a trajetória do índice. Para os investidores, a certeza é que, em meio a um cenário incerto, as oportunidades de investimento continuam a surgir, mantendo o mercado em constante movimento.