Saúde

Influenciador Diego Friggi morre à espera de UTI e gera polêmica sobre o SUS

2024-11-11

Autor: Fernanda

A trágica morte do influenciador Diego Friggi, de apenas 33 anos, repercutiu fortemente em São José dos Campos e trouxe à tona críticas contundentes ao sistema de saúde brasileiro. Com uma base de 668 mil seguidores no Instagram, Diego era conhecido por seus sorteios e pelo compartilhamento de suas vivências e reflexões sobre a vida. Infelizmente, ele faleceu no último domingo em decorrência de uma embolia pulmonar enquanto aguardava uma vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Unimed, conforme relato da família.

Horas antes de seu falecimento, Friggi havia usado suas redes sociais para expressar seu desespero diante da situação. "Estou há dois dias aguardando uma vaga 'SUS' de UTI e até agora nada. Cadê a saúde da nossa cidade? A eleição já foi, agora é hora de trabalhar!", desabafou, cobrando providências do prefeito Anderson Farias.

Em resposta, a Prefeitura de São José dos Campos lamentou a perda de Diego e esclareceu que ele estava internado em um hospital privado, que deveria ser o responsável por sua assistência. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também lembrou que instituições privadas têm a obrigação legal de oferecer atendimento emergencial quando há risco imediato à vida, mesmo durante períodos de carência do convênio.

Por sua vez, o Hospital Unimed emitiu uma nota afirmando que Diego recebeu toda a assistência médica necessária, segundo os protocolos exigidos. A instituição ressaltou que a busca por uma vaga de UTI no SUS se tratava de uma questão administrativa e não prejudicou o atendimento que foi prestado ao paciente, reafirmando seu compromisso com a qualidade e segurança dos serviços oferecidos.

A morte de Diego reacende um debate crucial sobre a eficiência do sistema de saúde no Brasil, especialmente em tempos em que tantas pessoas dependem do SUS para tratamento. Para muitos, este caso é a prova de que mudanças urgentes são necessárias para evitar que outras vidas se percam na espera por atendimento.

Diante desse triste episódio, diversos influenciadores e cidadãos têm se mobilizado nas redes sociais, pedindo melhorias no sistema de saúde e reivindicando mais atenção às demandas da população. Afinal, quantas vidas ainda estão em risco nesse jogo terrível de espera por atendimento médico? A questão que fica é: até quando a sociedade vai aceitar essa situação? Estamos prontos para a mudança?