
Influenciadora com lipedema expõe ataques nas redes e alerta: 'Busquem ajuda sem medo do julgamento'
2025-03-20
Autor: Matheus
Tecnologias inovadoras estão transformando o tratamento do lipedema; descubra as opções disponíveis
A influenciadora Dêbora, de 36 anos, compreende bem os desafios de conviver com o lipedema. Ela tem usado sua plataforma para falar abertamente sobre o preconceito e os comentários cruéis que recebe nas redes sociais. "Desde jovem, ouvi críticas sobre meu corpo, principalmente de outras mulheres. Muitas diziam que eu precisava emagrecer, que minhas pernas eram estranhas. Nunca soube que estava lidando com uma condição crônica", conta Dêbora.
O lipedema, que causa acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo e provoca dor e inchaço, é frequentemente confundido com obesidade ou falta de autocuidado. Dêbora descobriu que tinha a condição em 2022, após passar por um procedimento estético para celulite. "Até então, acreditava que o inchaço e a dificuldade em perder gordura seriam resolvidos com dietas e exercícios intensos", explica.
Essa falta de informação sobre o lipedema ainda é um grande obstáculo para muitas mulheres. Muitas passam anos se esforçando fisicamente e emocionalmente, sem entender que precisarão de um tratamento específico. "Antigamente, o tema não era amplamente discutido. Hoje, ainda encontramos muito desconhecimento, e isso perpetua julgamentos injustos", diz Dêbora.
Para manejar os sintomas, é essencial seguir algumas orientações, como a manutenção de uma dieta equilibrada, rica em água, e a realização de drenagem linfática. A prática de atividades físicas, como musculação, tem se mostrado uma aliada para melhorar a circulação e reduzir o desconforto. Dêbora ressalta a importância desses cuidados no seu dia a dia.
A cirurgia de remoção de gordura do lipedema oferece uma nova esperança para muitas dessas mulheres. Dêbora está se preparando para essa intervenção e vê isso como um marco em sua vida. "Quando soube que existia a cirurgia, foi como encontrar uma luz no fim do túnel. Pesquisei e decidi que deveria fazer. Os relatos de outros que passaram pelo procedimento são surpreendentes, e após a cirurgia, continuarei com os cuidados necessários para garantir meu bem-estar", destaca.
O depoimento de Dêbora ilustra como a falta de informação e empatia é um problema constante. Muitas mulheres enfrentam o estigma e são mal interpretadas como preguiçosas ou descuidadas, quando, na realidade, lidam com uma questão de saúde sério. "A internet pode ser um ambiente hostil, mas também é uma ferramenta poderosa de conscientização. Falar abertamente sobre o lipedema é fundamental para que outras mulheres não se sintam sozinhas e procurem ajuda sem medo de serem julgadas", finaliza Dêbora, inspirando outras a se unirem na luta contra o preconceito.