Inovação à vista: Hospital paulista inaugura laboratório de alta tecnologia que parece ficção científica!
2024-12-06
Autor: Carolina
Viagem do tubo dura apenas 10 segundos!
O que mais impressiona nesta nova instalação é o sistema tubular utilizado para o transporte das amostras de exames. As amostras, originárias das salas de cirurgia ou do pronto-socorro, são enviadas através de túneis invisíveis que percorrem as paredes do hospital. E em questão de 10 segundos, elas chegam ao laboratório, prontas para análise!
Quando um exame é feito a partir de um paciente em situação de emergência, ele é automaticamente direcionado para a esteira das "urgências", garantindo que o resultado seja analisado rapidamente e devolvido ao médico sem atraso. Por outro lado, os exames de rotina podem ser transportados em cápsulas que comportam múltiplos tubos, proporcionando uma eficiência ainda maior no processo.
A tecnologia utilizada na esteira é revolucionária, permitindo que uma variedade de indicadores de saúde, como hemograma, função renal e hepática, além de exames de coagulação, sejam analisados sem a necessidade de um funcionário presente. A inteligência artificial desempenha um papel fundamental: ela monitora os resultados e identifica automaticamente qualquer alteração, acionando um algoritmo para realizar checagens ou solicitar exames complementares quando necessário.
Mirtes Sales, médica patologista clínica e gerente médica, afirma que impressionantes 75% da volumetria dos exames dos pacientes podem ser analisados nesta esteira. Para exames que exigem métodos diferentes de análise, as amostras voltam e são encaminhadas para a seção apropriada, como as máquinas que tratam alergias ou doenças autoimunes.
César Higa Nomura, diretor de medicina diagnóstica do Hospital Sírio-Libanês, revela que o tempo de espera dos pacientes no pronto-socorro foi reduzido em 50%. Embora a nova tecnologia tenha sido inaugurada apenas em novembro, os resultados estão sendo monitorados de perto.
'Soroteca': um depósito inteligente para amostras!
Quando os tubos são colocados na esteira, eles seguem para um armazenamento chamado 'soroteca', onde ficam de sete a dez dias. Esse sistema não apenas otimiza o armazenamento de amostras de sangue, plasma e urina, mas também evita a necessidade de novas coletas, já que o laboratório pode reutilizar as amostras, contanto que estejam dentro do prazo.
Com capacidade para armazenar até 27 mil tubos, a soroteca é uma verdadeira revolução na maneira como os hospitais gerenciam e utilizam as amostras dos pacientes.
Além disso, o hospital está comprometido com práticas sustentáveis, apontando para uma redução de 20% a 25% na quantidade de resíduos hospitalares gerados, especialmente tubos descartáveis. Essa inovação não apenas melhora a eficiência na análise dos exames, mas também contribui para um futuro mais sustentável e consciente na medicina.