Inovação Brasileira: Terradot Revoluciona Remoção de CO2 com Tecnologia de Rocha
2024-12-12
Autor: Julia
Introdução
A startup Terradot, originada em um laboratório de biogeoquímica da Universidade de Stanford, está chamando a atenção de grandes empresas de tecnologia ao oferecer uma solução inovadora para a remoção de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera através do chamado intemperismo acelerado. Este método se destaca das iniciativas tradicionais de reflorestamento, utilizando um processo natural que, com a intervenção humana, pode ser acelerado para menos de uma década.
Investimentos e Parcerias
A empresa, que já arrecadou US$ 4,3 milhões em uma rodada seed em 2023, firmou contratos significativos com nomes poderosos do setor, incluindo a coalizão Frontier, que conta com a participação de gigantes como Google e Meta. Juntas, essas empresas contratam a remoção de 290 mil toneladas de CO2, demonstrando a crescente demanda por soluções efetivas de mitigação das mudanças climáticas.
Escolha do Brasil como Base
Com sede em São Paulo e uma equipe de 13 profissionais no Brasil, liderada pela brasileira Julia Sekula, a Terradot escolheu o Brasil como sua base de operações devido ao clima tropical favorável e às amplas oportunidades nas indústrias de agricultura e mineração, essenciais para a implementação de sua técnica inovadora. O potencial do país como um verdadeiro laboratório para intemperismo acelerado é elevado, especialmente dado o grande volume de rochas de basalto disponíveis para uso na captura de carbono.
Benefícios Adicionais da Tecnologia
Um aspecto interessante do método da Terradot é que as rochas tratadas têm o potencial de melhorar a qualidade do solo, atuando como fertilizantes naturais. Os estudos da Embrapa destacam que, além de remover carbono da atmosfera, a aplicação de rocha nos campos pode impulsionar a produtividade agrícola.
Progresso e Metas Futuras
Até o momento, mais de 48 mil toneladas de rocha foram disseminadas em 1,8 mil hectares pelo Brasil, revelando um progresso significativo na aplicação dessa tecnologia. Embora não haja dados concretos sobre a quantidade de CO2 removida até agora, a startup ambiciona escalar sua operação para remover anualmente até 1 gigatonelada de CO2 no Brasil, desafiando o status quo do reflorestamento.
Visão de Futuro
A Terradot planeja, no futuro, concentrar-se em desenvolver e oferecer suas tecnologias e inovações a mineradoras e empresas do agronegócio, permitindo que elas realizem a logística necessária. A CEO James Kanoff acredita que essa abordagem permitirá uma nova era na remoção de carbono, criando uma ponte entre a ciência, a tecnologia e a indústria, potencialmente posicionando o Brasil na vanguarda da luta contra as mudanças climáticas. A cada passo, a Terradot mostra que a inovação pode ser uma grande aliada na preservação do nosso planeta.