Nesta segunda-feira (23), a situação no Líbano se agravou com a maior onda de bombardeios israelenses já registrada nos últimos tempos, com dezenas de ataques aéreos sendo relatados no sul e no leste do país. Fontes da agência libanesa e jornalistas da AFP informaram que essa ofensiva resultou na morte de pelo menos um civil e deixou vários feridos, levando Israel a aconselhar a população a "se afastar" das posições do Hezbollah.

Segundo a agência ANI, "aviões de guerra inimigos" lançaram mais de 80 bombardeios em apenas meia hora na região de Nabatiyeh, que está no sul do Líbano. Ataques também foram registrados na zona de Tiro, e a intensidade dos confrontos foi sentida em outras áreas, como o vale do Becá, onde os bombardeios foram descritos como particularmente potentes.

As autoridades locais confirmaram a morte de um civil e relataram que ao menos seis pessoas ficaram feridas, entre elas dois membros da família da vítima. Uma fonte anônima do Hezbollah comentou que os ataques no vale do Becá foram direcionados tanto para o leste quanto para o oeste da região.

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, condenou os ataques, caracterizando-os como parte de um "plano de destruição" promovido por Israel. Ele afirmou que o exército israelense teria realizado cerca de 150 ataques direcionados a alvos do Hezbollah, chamando a atenção da ONU e de nações influentes para deter a escalada de violência.

Na madrugada desta segunda-feira, o exército israelense reiterou seus avisos à população libanesa, aconselhando que ficassem longe das áreas sob controle do Hezbollah e prometendo continuar os bombardeios, cada vez mais "importantes e precisos".

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, comentou anteriormente que as ações do seu país contra o Hezbollah seriam realizadas de maneiras que o grupo armado "nunca poderia imaginar". Ele deixou claro que, se o Hezbollah não entender a mensagem, eles vão aprender rapidamente.

Enquanto isso, a troca de mísseis e foguetes entre Tel Aviv e o Hezbollah intensificou-se, com as Forças Armadas israelenses reivindicando ter atingido 290 alvos, além de ter destruído milhares de lançadores de foguetes utilizados pelo Hezbollah.

O vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem, declarou que o conflito avançou para uma "batalha imprevisível de acerto de contas", o que deixa em alerta não apenas a população local, mas também países vizinhos e a comunidade internacional.

Os desdobramentos dessa escalada de violência têm levantado preocupações sobre uma possível guerra em larga escala na região, com analistas alertando que a situação pode rapidamente sair do controle. Resta saber como as potências globais agirão em meio a essa crise em desenvolvimento.