No último domingo (13), Iza deu à luz Nala, sua primeira filha com o jogador Yuri Lima, no Hospital Perinatal da Glória, no Rio de Janeiro. A cantora logo compartilhou nas redes sociais uma foto adorável da mão da recém-nascida, mas, surpreendentemente, a alegria foi ofuscada por uma onda de ataques preconceituosos online.

A artista, que é um símbolo da luta pela diversidade e inclusão, citou em sua postagem a música "Anunciação" de Alceu Valença, expressando a emoção de ser mãe: "Que tu virias numa manhã de domingo, eu te anuncio nos sinos das catedrais". Entretanto, internos em redes sociais começaram um ataque cruel, questionando a cor da pele da menina e disparando comentários racistas.

"Não palmitem! A filha da Iza nasceu branca", escreveu um internauta, enquanto outro desdenhou: "Branca? Não queremos". Outros comentários incluíram того поронок: "Nossa! E a menina nasceu branca? Coitada!". Uma certa pessoa até opinou: "A 'pirraia' nasceu branca? Que mico!". O que gerou indignação e reações de apoio à artista.| Veja também: Iza defende seu legado e fala sobre a autoaceitação.

A situação agravou-se quando um usuário proferiu reflexões sobre racismo e suas origens, mencionando que o termo foi inicialmente utilizado em contextos de opressão, como no caso dos judeus durante o Holocausto, destacando a complexidade do debate histórico.

Nos últimos anos, o racismo nas redes sociais tem se tornado uma questão cada vez mais discutida na sociedade brasileira. Estudos mostram que aproximadamente 54% da população negra no Brasil já enfrentou discriminação em algum momento. Este incidente envolvendo Iza traz à tona a urgência do tema, evidenciando como figuras públicas, mesmo aquelas que promovem a igualdade racial, ainda são vítimas de intolerância.

Iza, por sua vez, tem se mostrado resiliente e continua a ser uma voz poderosa para a comunidade negra, com um trabalho notável em defesa da diversidade em sua poesia e performances. O nascimento de Nala, uma nova geração, representa não apenas alegria, mas também um desafio contínuo para a aceitação e amor em meio a uma sociedade que ainda enfrenta os fantasmas do preconceito.