Tragédia em Nova Almeida

A família de Melvin Aquirrame Ferreira Lourenço, de apenas 28 anos, busca respostas após sua morte trágica no último sábado (5). Morador do bairro Nova Almeida, Melvin tinha se dirigido a duas UPAs e um Hospital Estadual, enfrentando um verdadeiro calvário em busca de atendimento.

Urgência ignorada

De acordo com relatos de Isabela, esposa de Melvin, a situação começou a piorar nas primeiras horas do dia, com dores intensas nas pernas e sintomas preocupantes. Por volta das 5h, ele foi levado à UPA de Serra-sede, onde chegou de cadeira de rodas.

Após ser atendido e submetido a exames, Melvin recebeu alta às 9h30, mas os sintomas persistiram e se agravaram. Temendo pela saúde do jovem, a família decidiu buscar um novo atendimento.

Burocracia letal

Ao tentar se consultar no Hospital Jayme dos Santos Neves, em Morada de Laranjeiras, Melvin foi informado que não deveria ter recebido alta da UPA anterior, pois seu estado era grave. No entanto, os médicos negaram atendimento alegando a necessidade de um encaminhamento prévio.

Frustrado, Melvin e seus familiares retornaram a outra UPA, a de Castelâo, onde viu suas esperanças de tratamento ruírem. A família esperou que um médico analisasse o caso, mas Melvin foi tratado como um paciente não urgente, passando cerca de duas horas deitado em uma maca no corredor.

Desfecho trágico

Momentos antes de desmaiar, Melvin pediu para fazer uma videochamada com sua esposa e filha. Sendo socorrido apenas após perder a consciência, os médicos tentaram reanimá-lo por 40 minutos, mas todas as tentativas falharam.

Para Isabela, o desmaio do marido foi um sinal de que ele já estava em estado crítico.

Indignação da família

A família de Melvin está revoltada com a situação. Eles acreditam que a falta de um atendimento adequado e a burocracia absurda foram fatores diretos que levaram à morte do jovem, que já havia começado a busca por socorro desde às 5h do mesmo dia.

Diante dessa tragédia, a Secretaria de Saúde do Espírito Santo foi contatada, mas a resposta do Hospital Jayme dos Santos Neves indicou que protocolos foram seguidos. Eles se solidarizaram com a família, mas sem dar detalhes sobre o caso.

Cobrança por respostas

A indignação familiar é palpável, e eles exigem respostas sobre as falhas no atendimento e a verdadeira causa da morte de Melvin. A ausência de respostas por parte das autoridades de saúde só agrava a dor dessa perda inesperada.

Uma comunidade unida clama por justiça e por mudanças no sistema de saúde para que tragédias como essa não se repitam.