
Julgação do Caso Papini: Engenheiro Civil Acusado de Tentativa de Homicídio Entra no Tribunal Nesta Quinta-feira (27)
2025-03-26
Autor: Matheus
Nesta quinta-feira (27 de março), o engenheiro civil Rafael Batista Bicalho, de 27 anos, se senta no banco dos réus do Tribunal de Júri no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ele será julgado por tentar matar o médico Henrique Papini, de 30 anos, em um ataque brutal que ocorreu na saída da boate Hangar 677, no bairro Olhos d’Água, em 7 de setembro de 2016.
O julgamento começará às 8h e está sendo aguardado com grande expectativa pela comunidade e pela mídia. O advogado de defesa de Bicalho, Zanone Júnior, argumentará que houve uma briga entre os dois, mas tentará afastar a acusação de premeditação, a qual não estaria comprovada no processo. "Vamos mostrar que as lesões foram o resultado de uma briga, e não de um plano elaborado para matar", declarou.
No entanto, Henrique Papini, em nota divulgada, refutou essa tese, afirmando que as evidências já foram analisadas pelo Judiciário, que motivou a acusação de tentativa de homicídio. O médico ressaltou: "Rafael já havia me seguido e até ameaçado anteriormente, o que evidencia sua intenção violenta. Suas ações falam por si só", afirmou Papini.
Detalhes do Caso
Papini foi agredido em um episódio marcado por ciúmes, já que a motivação do ataque seria o fato de ele ter se relacionado com a ex-namorada de Bicalho. A investigação realizada pela Polícia Civil durou pouco mais de dois meses, ouvindo 12 testemunhas, incluindo amigos e conhecidos dos envolvidos.
O inquérito originalmente apontou quatro pessoas relacionadas ao incidente, mas duas delas, Hélio Alberto Borja Brum, 19, e Felipe Alvim Gaisler, 18, foram isentadas de responsabilidade. Além de Bicalho, Thiago Motta Vaz Rodrigues, 20, também foi indiciado por lesão corporal, evidenciando a gravidade da situação.
As marcas da agressão física que Henrique Papini sofreu foram severas e quase fatais, o que motivou a acusação de tentativa de homicídio. O laudo médico avançado indicou a gravidade das lesões, e a Polícia Civil registrou o ciúmes de Bicalho como o motivo fútil para o ato.
Expectativa para o Julgamento
O caso ganhou notoriedade nas redes sociais e na imprensa brasileira, onde muitos apoiam Papini e aguardam ansiosamente a decisão do tribunal. O episódio levanta importantes discussões sobre a violência e a saúde mental, além de destacar a necessidade de instituições preparadas para lidar com a violência doméstica e de gênero. "Estamos ansiosos para ver a justiça sendo feita", afirmou um amigo próximo de Papini.
Com o julgamento a caminho, a sociedade observa de perto, da expectativa de um resultado justo e de um possível desfecho que traga paz e alívio ao médico agredido.