
Kremlin Mantém Posição Após Críticas de Trump a Putin
2025-03-31
Autor: João
O Kremlin evitou nesta segunda-feira (31) um confronto direto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, anteriormente, expressou sua irritação com o presidente russo, Vladimir Putin. Trump ameaçou impor tarifas sobre o petróleo russo caso não houvesse progresso nas negociações para um cessar-fogo na Guerra da Ucrânia.
Dmitri Peskov, porta-voz de Putin, comentou a declaração de Trump, afirmando que as negociações por um acordo de paz continuam. Uma fonte próxima ao Kremlin afirmou que a ameaça de Trump foi vista como "parte do jogo" e do estilo de negociação característico do líder americano, enfatizando que a mudança em sua postura não seria um ponto decisivo nas discussões sobre a situação na Ucrânia.
Apesar das palavras de Peskov, que refletem uma cautela tática, um alto funcionário russo, Kirill Dmitriev, sugeriu em uma entrevista ao jornal Izvestia que um acordo para a exploração de minérios estratégicos com os EUA já está em andamento. Esse tema é de grande interesse para Trump, que expressou preocupação com as reservas minerais da China.
Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, tem resistido às pressões de Trump para aceitar um acordo, reiterando que o apoio militar dos EUA a Kiev "não é uma dívida". A tensão aumentou após Putin sugerir que a ONU poderia assumir a administração da Ucrânia para facilitar um pacto de paz, uma proposta que gerou descontentamento em Washington.
A frustração de Trump parece estar relacionada à sua incapacidade de alcançar um acordo rápido, especialmente à luz de sua ambição de retomar a Presidência. Anteriormente, ele havia prometido acabar com o conflito imediatamente.
Além disso, a questão do Ártico entra em cena, pois Trump havia feito da aquisição da Groenlândia, território dinamarquês, um dos seus principais objetivos na política externa, devido à sua riqueza em recursos minerais e à importância estratégica da região. Em resposta, Putin intensificou a militarização do Ártico, apresentando um novo submarino nuclear, equipado com mísseis hipersônicos Tsirkon, em uma demonstração de força militar.
Enquanto as tropas se confrontam, as acusações continuam a vir de ambos os lados. Kiev relatou que a Rússia lançou 131 drones e 2 mísseis balísticos em um ataque recente, com 57 desses drones sendo interceptados. Em contrapartida, Moscou afirmou ter derrubado 66 drones ucranianos.
Essa escalada de hostilidades entre os países ressalta a complexidade da situação geopolítica, que continua a desafiar a diplomacia internacional e a paz na região.