Líder da Oposição Venezuleana Convoca Protestos em Meio a Acusações de Traição
2024-11-23
Autor: Carolina
A tensão na Venezuela cresce a cada dia, e a líder da oposição, María Corina Machado, não se deixou intimidar. Recentemente, ela foi alvo de graves acusações, sendo chamada pelo governo de traiçoeira por seus comentários apoiando uma nova legislação americana que limita negociações com o governo venezuelano.
Em uma reunião virtual com ativistas internacionais, María Corina declarou: “O tempo acabou para o regime. A única opção deles é aceitar os termos de uma negociação conosco.” Essa fala ousada reforça sua posição como a principal voz na luta contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Para mostrar sua determinação, a ex-parlamentar convocou um protesto global massivo programado para o dia 1º de dezembro. María Corina espera que essa mobilização internacional amplifique a luta do povo venezuelano que luta por liberdade e direitos humanos. Os protestos estão sendo organizados em várias cidades ao redor do mundo, e a expectativa é que milhares de pessoas se unam à causa.
Reagindo a essas movimentações, o ministro do Interior, Diosdado Cabello, fez acusações pesadas e afirmou que as autoridades desmantelaram um suposto plano de desestabilização contra o governo, que envolveria a própria líder oposicionista, empresários e até seus filhos. Ele alegou que grupos paramilitares colombianos e criminosos venezuelanos estariam por trás desse plano.
Essa não é a primeira vez que María Corina é atacada. Ainda na sexta-feira passada (22), a promotoria venezuelana anunciou formalmente uma acusação de traição contra ela, citando seu apoio a um projeto de lei na Câmara dos Deputados dos EUA. O ex-candidato da oposição, Edmundo González, demonstrou seu apoio a María Corina ao afirmar que essas ações do governo são uma tentativa de silenciá-la e prejudicar todos os venezuelanos.
González, atualmente solicitando asilo na Espanha, enfatizou o medo que o governo de Maduro tem de uma mulher com tamanha força mobilizadora. Ele acredita que na verdade a luta de María Corina é pela soberania e dignidade do povo venezuelano, que clama por mudanças.
Recentemente, os Estados Unidos reconheceram Edmundo González como o “presidente eleito” da Venezuela, aumentando a pressão sobre o governo atual e gerando um clima de instabilidade política no país. Enquanto isso, María Corina continua a ser uma figura central na oposição, apesar de ter sido desqualificada das eleições presidenciais. Ela havia conquistado mais de 90% dos votos nas primárias, o que demonstra seu forte apoio popular.
A escalada da crise política e as movimentações internacionais indicam que a luta pela demolição do regime de Maduro está longe de acabar. A pergunta que todos se fazem é: será que a convocação de protestos globais conseguirá trazer mudanças significativas para a Venezuela?