Neste sábado, 17 de novembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo em prol da civilidade nas discussões sobre combate à pobreza e à fome. O pronunciamento ocorreu durante o Festival Global Contra a Fome e a Pobreza, realizado na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. Lula enfatizou: "Não devemos ofender ninguém; precisamos apenas indignar a sociedade."

No entanto, a primeira-dama, Janja da Silva, provocou polêmica algumas horas antes ao insultar o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), em um discurso no Cria G20, um evento paralelo à Cúpula do G20. "Eu não tenho medo de você. Fuck you, Elon Musk", disparou Janja, gerando aplausos e gritos de apoio do público presente. Sua fala surgiu em meio a um debate sobre regulamentação de redes sociais e combate à desinformação, que ela considerou fundamental.

A interação entre Janja e Musk ocorre em um contexto de crescente tensão sobre o papel das redes sociais na disseminação de informações. Musk, famoso por suas polêmicas e influências digitais, recentemente foi nomeado para liderar o novo 'Departamento de Eficiência do Governo' na administração do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Este departamento visa desmantelar a burocracia governamental, reduzindo regulamentações e custos.

Janja, ainda antes de ofender Musk, exalta a importância de uma abordagem global para regulamentação das redes sociais: "Se não fizermos essa discussão de forma global, não vamos conseguir vencer. Não adianta ter leis no Brasil se não tivermos um acordo internacional sobre o assunto." Ela também destacou a colaboração com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, na luta contra fake news, ressaltando seu papel crucial em embates recentes com Musk, que culminaram no bloqueio temporário da plataforma no Brasil.

Este evento no Rio de Janeiro não apenas levantou questões sobre a pobreza, mas também expôs as fissuras nas relações internacionais e o efeito das redes sociais na política global. Enquanto Lula prega respeito, a atitude impetuosa de sua esposa ilustra a tensão no coração de debates contemporâneos, levantando a questão: até onde devemos ir para chamar a atenção para problemas sérios como a fome e a desinformação?